Em três anos, dois recém-nascidos foram abandonados no mesmo bairro em Porto União, no Planalto Norte de Santa Catarina. O caso mais recente ocorreu no domingo (7): um bebê foi deixado na porta de uma casa, dentro de uma caixa, no bairro Vice King. Um inquérito foi aberto para apurar a situação.
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De acordo com a prefeitura de Porto União, o bebê localizado esta semana é um menino, que pesa quase 4 kg. A família que encontrou a criança acionou o Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros Militar.
— A criança estava consciente, orientada, chorando. Fizemos o clampeamento do cordão, aquecemos e na sequência levamos até o hospital. Era muito frio, então a proprietária da casa já tinha amparado, esquentado a criança — conta o subtenente Eckl Alfonso.
Depois, ele foi encaminhado ao Hospital São Braz, em Canoinhas, onde segue fazendo testes e está em observação. Segundo a secretaria de Desenvolvimento Social foram doadas roupas, fraudas e material de higiene para o menino, que deve ser encaminhado ao Serviço de Acolhimento Institucional após receber alta.
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Este foi o mesmo destino da bebê encontrada dentro de uma lixeira por um funcionário de uma empresa de coleta de lixo em 2019, também no bairro Vice King em Porto União.
A criança foi levada ao Hospital São Braz e, depois de receber alta, foi encaminhada ao abrigo. Segundo a prefeitura, ela foi adotada há alguns meses, já que os pais não foram localizados. A cidade conta, atualmente, com 20 crianças acolhidas.
Polícia investiga mãe de criança
Segundo a delegada Sirlei Gutoski, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) de Porto União, um inquérito foi instaurado para apurar o abandono da criança. Até a manhã desta terça-feira (9), a mãe não tinha sido identificada.
Com o término das investigações, a mulher pode responder pelo crime de abandono de incapaz. De acordo com o Código Penal, a pena pode chegar de seis a três anos de detenção.
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A Polícia Civil também confirmou que o bebê deve ser encaminhado ao abrigo assim que receber alta.
O Conselho Tutelar está fazendo um levantamento em todos os Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade para identificar possíveis mães da criança. Há a suspeita, inclusive, de que ela não seja moradora do município.
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