“Matteo venceu”. Essas foram as palavras usadas pelo pai do pequeno Matteo Danieli Ribeiro, de 1 ano e 3 meses, que luta contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME). Na tarde desta quarta-feira (31), Jean Ribeiro informou que os desembargadores da 9ª turma do TRF-4 votaram a favor da liberação do medicamento Zolgensma para o bebê. 

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— O resultado deu três a zero, todos votaram favoráveis ao Matteo, e o próximo passo é tomar a medicação. Estava tudo pronto, dinheiro na conta, exame feito, agora é só aplicar — disse Jean, muito emocionado. 

Na última semana, após um pedido da Advocacia Geral da União, a liberação do medicamento para o bebê foi suspensa, e o processo passou por um novo julgamento às 14h desta quarta-feira. 

Matteo, que mora em Chapecó, no Oeste catarinense, receberá a medicação no Hospital Erasto Gaertner, no Paraná, e a expectativa da família é que o procedimento ocorra na próxima semana. O Zolgensma é considerado o remédio mais caro do mundo, pois custa mais de R$ 7 milhões. 

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Bebê de SC com AME é impedido de receber remédio mais caro do mundo: “Pesadelo”

— A nossa médica lá de Curitiba vai avisar hoje, provavelmente, a data. No mais tardar [a aplicação do remédio] vai ser na semana que vem — explicou. 

Em conversa com o Diário Catarinense momentos após o fim do julgamento, Jean relatou que o sentimento da família é de muita gratidão. 

— Gratidão a Deus só… e o resto não dá para explicar porque a gente não parou de chorar ainda — relatou o pai do Matteo.   

Entenda o caso

Em março deste ano, aos nove meses de vida, Matteo foi diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal tipo 1 e a família do pequeno começou a campanha “AME o Matteo” para arrecadar mais de R$ 6 milhões. O valor era necessário para comprar e fazer a aplicação do Zolgensma na criança. 

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Por meio de rifas, pedágio solidário, vakinhas e doações, até o dia 7 de julho, a família havia conseguido arrecadar R$ 1,5 milhão. Mas, no mês de agosto a campanha foi encerrada, após uma decisão do Juízo da 2ª Vara Federal de Chapecó determinar que fosse feito um depósito judicial para a realização do procedimento na criança. 

O depósito foi feito, o bebê passou pelos exames necessários para receber a medicação, mas, quanto tudo parecia resolvido, uma decisão da Justiça, a pedido da Advocacia Geral da União, suspendeu o procedimento no último dia 22 de agosto. Com a suspensão, a família precisou aguardar um novo julgamento – feito nesta quarta-feita (30) – para que houvesse uma decisão definitiva sobre a medicação.

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