O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reforçou nesta segunda-feira que o Brasil está atento à alta da inflação e que a autoridade monetária segue monitorando cuidadosamente o comportamento dos preços.

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– Temos vários fatores que vão ajudar a inflação cair no segundo semestre – disse ele, destacando que os preços no País têm mostrado uma resistência à queda nos últimos meses.

O principal é a previsão de safra de grãos recorde para 2013, o que vai ajudar a reduzir a pressão nos preços dos alimentos. O presidente do BC citou ainda um ritmo de crescimento menor da massa salarial este ano, reduzindo a pressão em serviços, e a probabilidade que o câmbio não tenha este ano a mesma depreciação que registrou no ano passado. Em sua apresentação, ele ressaltou que foi uma alta do preço de alimentos e do dólar que causou a aceleração da inflação.

O Brasil conseguiu ficar dentro da meta de inflação nos últimos nove anos, frisou Tombini. Quando questionado por um investidor, após sua palestra, sobre a meta de inflação no Brasil, dentro da parte de perguntas da plateia, Tombini disse que a meta no Brasil é de 4,5% e não de 5,5% e ressaltou que o BC brasileiro não tem um alvo implícito para os preços.

O presidente do BC participou de um almoço organizado pela Brazilian-American Chamber of Commerce e pelo Council of the Americas. O encontro teve inscrições esgotadas na semana passada. No evento, estavam presentes executivos do JP Morgan, Citicorp, o presidente da seguradora MetLife e o economista Albert Fishlow.

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