No esforço de acelerar a economia brasileira, o Banco Central aprovou circular que institui a possibilidade de dedução do recolhimento compulsório sobre recursos à vista dos financiamentos realizados no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
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A medida criará potencial de financiamento de aproximadamente R$ 15 bilhões em novas operações.
Para o ex-diretor do Banco Central Carlos Eduardo de Freitas, a medida é justificável em um momento de desaceleração da economia.
– Basicamente, isso diz duas coisas. Primeiro, que o BC acha que a economia está mais devagar do que deveria estar. Segundo, que a instituição não acredita que haja qualquer possibilidade de bolha – avalia Freitas.
Em linhas gerais, a medida significa que os bancos terão mais dinheiro disponível para empréstimos, o que, espera o governo federal, acabaria acelerando a economia.
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A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando projetou um volume de R$ 100 bilhões para o PSI em 2013. O PSI é um programa gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Para uma parte das instituições financeiras, no chamado Grupo A, a medida entra em vigor a partir de 30 de janeiro de 2013. Para as instituições do chamado Grupo B, entra em vigor no dia 6 de fevereiro de 2013.
Freitas pondera ainda que, apesar de considerar a medida positiva, ela pode acabar não surtindo efeito.
– Foi uma medida bastante compreensível, mas ela pode acabar sendo um tiro n’água. A dívida das famílias está alta, o que pode fazer com que a resposta não seja tão boa quanto a esperada – conclui.
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