A criançada da bateria mirim Baiaculosinha, do projeto Pescadores de Cultura, vai agitar duas festas de carnaval infantil no distrito de Santo Antônio de Lisboa, no norte da Ilha. Pelo segundo ano consecutivo, a bateria vai representar o Bloco Baiacu de Alguém, que novamente não sairá no carnaval de rua de Santo Antônio de Lisboa.

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A primeira folia da criançada ocorre no sábado (2), no Carnavalzinho do Sesc Cacuapé. A apresentação da bateria será das 15h às 15h30min no hotel do Sesc, na Estrada Haroldo Soares Glavan, 1670, no bairro Cacuapé. A entrada é gratuita, mas quem puder pode levar um litro de leite para campanha do Sesc.

A segunda festa será no domingo (3) durante o tradicional Carnaval Infantil de Santo Antônio de Lisboa. A bateria irá se apresentar das 15h às 15h30min, no Clube Avante, na Rua Cônego Serpa, 88. A entrada também é gratuita.

Projeto social

A bateria mirim Baiaculosinha é formada por 14 crianças e adolescentes com idade entre cinco e 17 anos que participam do projeto Pescadores de Cultura. A coordenadora Luciane Motta explica que a bateria foi criada em 2017 após o pessoal da Associação Cultural Baiacu de Alguém perceber que havia muitas crianças curtindo o carnaval com os adultos.

Foi então que a associação criou o projeto Pescadores de Cultura e conseguiu patrocínio por meio de editais da Fundação Cultural Franklin Cascaes. Luciane conta que durante todo o ano o projeto oferece oficinas gratuitas para cerca de 150 criançadas da comunidade. São aulas de teatro, musicalização, percussão e violão.

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Já nas férias de verão, a partir de dezembro, começam os ensaios da bateria mirim. Os encontros ocorrem às quartas-feiras na escola municipal Doutor Paulo Fontes com o mestre de bateria Eduardo Serafim, o músico Jackson Cardoso e a professora Patrícia Bolsoni, que este ano compôs o samba 2019 junto com as crianças.

Luciana explica que, como a grana captada por meio de editais é curta, o projeto decidiu novamente não sair às ruas com o Bloco Baiacu de Alguém, que completou 27 anos em fevereiro de 2019, para investir mais na criançada.

— Observamos um movimento crescente na onda de violência na região, então como somos um ponto de cultura, não só carnavalesca, queremos oportunizar novas ideias para as crianças, para as famílias, quebrar preconceitos culturais que existem, temos que contribuir para além do carnaval e sentimos a necessidade de estar presente na comunidade ao longo do ano — diz Luciane.