O paranaense Guilherme Torres, que vive atualmente em São Paulo, destaca-se entre os mais contemporâneos da arquitetura no Brasil. Seu trabalho tem o DNA focado na experimentação de cores, materiais e texturas.
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Neste ano, a convite, o profissional que é uma referência nacional participa da Pinacoteca Casa Nova em Florianópolis. Trazido pela Abraccio, ele retorna à Capital hoje para um talk show, às 19h, sobre as novas maneiras de se ver a arquitetura de interior, no Museu da Escola Catarinense (Mesc) da Udesc. A conversa com Guilherme deve atrair não apenas profissionais de arquitetura e decoração, como também estudantes das áreas. O bate-papo é aberto aos visitantes da Mostra Casa Nova. Antes do evento, porém, ele concedeu por e-mail a entrevista que você confere ao lado.
Mais informações sobre a Mostra, que termina domingo, na edição do caderno Casa Nova encartado hoje no Diário Catarinense.
Entrevista com Guilherme Torres, Arquiteto
Você é uma referência da arquitetura de interiores moderna no Brasil. O que diferencia o seu trabalho?
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Acredito que nos projetos do meu escritório sempre há pontos em comum, que são uma busca constante por novos estímulos, novas maneiras de interpretar o mainstream. Gosto de tentar novas fórmulas e me sinto à vontade com isso.
Você também vem mostrando talento no desenho de produtos, fazendo parcerias com empresas fabricantes de móveis e disseminando ainda mais a grife Studio Guilherme Torres. Qual o ponto de partida para essas parcerias?
No design me dou 100% de liberdade. Não trabalho para nenhuma empresa, não tenho que seguir nenhum briefing. É o meu trabalho mais autoral e, talvez por isso, o mais simples e complexo.
Qual é a sua fonte de inspiração? O que o motiva à criação?
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Minha fonte de inspiração é a vida que levo. Não faço pesquisas específicas. Vejo muita arquitetura simplesmente porque adoro fazer isso, mas não por estar buscando uma referência. Inspiração vem do que você veste, do que você come, do que você vê. É o resultado de uma vida inteira! Quando tenho um projeto novo para começar, vou ao cinema, por exemplo. Jamais pesquisaria na internet, não faz meu gênero. Profissionais que admiro são tantos que nem seria possível citá-los. Minha lista vai de Niemeyer, que me tocou de forma muito profunda a desenvolver um pensamento que unisse plástica à poesia, chegando a Sig Bergamin, que adoro. Acredito numa soma de contrastes.
Quando não está trabalhando, você gosta de fazer o quê?
Gosto de não fazer nada. Para mim a introspecção é algo fundamental. Preciso de tempo para ficar sozinho, deixar minha mente ir longe e se libertar. Sou de poucos e ótimos amigos e adoro minha família. Gosto de ficar em casa, que para mim é o centro de tudo. Tenho a sorte de minha casa ser muito bem localizada e de morar a poucas quadras dos melhores restaurantes de São Paulo. Acho um verdadeiro luxo poder sair pra jantar a pé. Frequento muito o Le Jazz e o Chez Lorena. Adoro o Ritz.
Agende-se
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O quê: Pinacoteca Casa Nova 2013
Quando: até domingo Onde: Mesc (Rua Saldanha Marinho, 196, Centro, Florianópolis)
Horários: até sexta-feira, das 16h às 21h, sábado e domingo, das 14h às 21h
Quanto: R$ 30 inteira e R$ 15 (estudantes e idosos). R$ 50 passaporte para todos os dias. Associados do Núcleo Catarinense de Decoração (com identidade e comprovante) e quem for de bicicleta paga R$ 20
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Estacionamento: serviço de vallet em frente ao Mesc por R$ 18 o período.
*Editora do Casa Nova