Comerciantes que vendem batatas recheadas, uma das gostosuras mais procuradas durante a Oktoberfest, estão passando por uma verdadeira caça ao tesouro para conseguir o produto. A dificuldade em encontrar o tubérculo ideal para rechear, classificado como florão, tem duas razões: não há colheita de batata nesta época do ano em Santa Catarina e o clima prejudicou a produção em outros estados.
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Para dar conta da demanda, o produto este ano veio de longe: Bahia, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e até Alagoas.
– A colheita da batata em Santa Catarina ocorre, geralmente, de dezembro em diante. Esta época agora coincide com um vazio entre as safras. A perspectiva é de melhorar no início do próximo mês, quando começa a chegar mais oferta da entressafra, fazendo com que também baixe o preço – explica o técnico da Epagri Canoinhas, Getúlio Tonet.
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Detentor do maior número de barracas no Parque Vila Germânica, Bento Linhares teve que recorrer a Alagoas para buscar batatas nesta semana. Ele diz que a dificuldade sempre acontece durante o período da festa, mas reclama que o preço, adicionado do frete, está mais pesado para quem vende.
– Não dá para repassar todo o custo para o cliente. No fim, quem fica com o prejuízo somos nós – comenta.
João Rodrigues de Souza, o Jango, que também vende batata recheada dentro da Vila, compartilha da mesma dificuldade de Bento. Ele comprou o produto de Minas Gerais e do Norte de São Paulo.
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– Como compro do mesmo fornecedor há vários anos, consegui garantir o produto, caso contrário, não teria como vender nesta época – diz.
Comerciante da Ceasa em Blumenau, Edson Pereira busca sacas em São Paulo, Goiás e Bahia:
– Tem muitos outros estados que produzem, mas o problema é que o frete encarece muito o produto.
Ele vende ainda para Jaraguá do Sul e Timbó, que também estão no roteiro das festas de outubro. Apesar da dificuldade da época, comenta que não deve chegar a faltar batata no mercado local.
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