A terça-feira amanheceu mais silenciosa na ruidosa Colômbia. Basta se apresentar como brasileiro pra receber um sincero desejo de força. Se disser que é do mesmo “departamento” (estado) da Chapecoense, o desejo vira real preocupação. Se contar que tinha um amigo naquele voo, vira abraço. Na TV e rádio colombiana, só se fala da tragédia.
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Edmundo Rojas, torcedor do Junior Barranquilla, time derrubado pela Chape na Sul-americana, soube ainda na madrugada da tragédia e ficou abalado. Disse que gostou muito do futebol da equipe brasileira, até então desconhecida por aqui, até a partida ocorrida recentemente no estádio metropolitano Roberto Melendez. Lamentou o acidente e relatou que o local em que ocorreu é uma área muito montanhosa, arriscada, na região de Medellin, a mais de 700 km de distância.
No celular, o motorista do Uber em Barranquilla Andres Garrasacal ouviu durante toda a manhã notícias sobre o acidente. Por volta das 11h (14h em SC), já tinha vídeos no WhatsApp com homenagem aos jogadores. Também estava abalado. Torcedor do Junior Barranquilla, contou que o time está mal, com dificuldades financeiras, e que o jogo com a Chape havia sido muito importante. Assim como Rojas, explicou que o que se sabe é que a região em que ocorreu o acidente aéreo é muito montanhosa, perigosa, por isso a necessidade que pilotos experientes façam aquele trecho.
Na TV, que transmite informações do local da tragédia, responsáveis pelo resgate explicam que o fato de ser uma área montanhosa e as mais condições do tempo dificultam muito o resgate. Todos enfatizam que faltava apenas cinco minutos pra que chegassem ao aeroporto. Festas nos bastidores e os gritos de “vamo, vamo Chape” dos jogadores e torcidas abriram o jornal nacional do meio dia no país.
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TV colombiana explica como ocorreu o acidente #ForçaChapepic.twitter.com/8915xLjYzO
¿ Hora de SC (@horasc) 29 de novembro de 2016