Agora é tudo ou nada. O Basquete Jaraguá precisa vencer no segundo turno para pensar em uma classificação para as quartas de finais da Liga de Basquete Feminino (LBF). Vindo de uma série de derrotas consecutivas, o time do técnico Julio Patricio viaja nesta sexta-feira para o interior paulista. O novo desafio será no próximo sábado, contra São José, às 18 horas.

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O segundo turno é composto por mais 45 jogos. Destes, o time catarinense disputará nove partidas, sendo que cinco serão em casa. Nesta etapa da competição, o cansaço das sequências dos jogos começa a prejudicar o rendimento das atletas. A preocupação do técnico Patricio é com o desgaste físico das garotas.

– Da mesma forma que outros times vão estar com desfalques, o que é uma vantagem, o nosso time também começa a ficar fadigado – explica.

As derrotadas no primeiro turno levaram a equipe adquirir a consciência do que não deve ser feito dentro de quadra, avalia Patricio. Sem uma pré-temporada, o Basquete Jaraguá cria o entrosamento nas partidas que disputa.

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– Sabíamos que iríamos jogar na superação, por sermos a equipe caçula e de menor investimento. O primeiro turno serviu para crescermos a cada jogo – destaca o técnico.

A partir do próximo sábado, a meta é encontrar o caminho para vencer. Segundo o técnico, as meninas precisam calibrar a pontaria nos lances para mudar a situação do jogo.

– Na última partida, estávamos perdendo por uma diferença de quatro pontos. As garotas erraram sete lances livres, fato que mudaria completamente o jogo – relembra.

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A cobrança será para as atletas manterem o rendimento nas horas decisivas. O técnico irá conversar ao longo da semana para reforçar entre as atletas a certeza de que o maior vilão é o psicológico e não a inferioridade técnica.

A torcida

O combustível do Basquete Jaraguá é presença da torcida dentro e fora de quadra. Nos jogos realizados no Ginásio Arthur Müller, a torcida compareceu em peso para prestigiar a única equipe do Sul do País na Liga de Basquete Feminino (LBF).

Apesar de o time só ter perdido, o público acredita e estimula as atletas até zerar o cronometro de cada partida. No último jogo, faltando dois minutos para o fim e com uma diferença de quatro pontos, os torcedores gritavam “eu acredito, eu acredito”. Para o técnico Julio Patricio, o time tem perdido por diferenças de poucos pontos por causa do apoio que recebe dos jaraguaenses.

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Um esporte para todos

Basquete é conhecido como uma modalidade para os altos. Entretanto, poucos sabem que os baixinhos também têm vez neste esporte. A pequena e valente Ana Beatriz Oliveira tem apenas 1,70 metro e tem jogado em todas as partidas da Liga de Basquete Feminino (LBF).

– Eu jogo na posição de armadora. Por isso, preciso de agilidade com a bola e de velocidade – afirma.

Bea, como é chamada, afirma que dificilmente enfrenta jogadoras mais altas. O duelo é sempre com a outra armadora. O tamanho não é incomodo para a atleta, mas ela garante que segue a regra que diz que as pequenas são mais marrentas.

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No outro extremo está a pivô Mônica Nascimento, com 1,90 metro. Ela explica que o ideal para esta posição é ser alta, por jogar próximo da cesta.

– Marcamos as jogadoras da nossa posição e sempre enfrento atletas altas. O bom da minha altura é rebote na hora do jogo, que é decisivo para marcarmos – explica.

Na fase de crescimento, Mônica teve alguns problemas posturais e precisou fazer fisioterapia. Ela brinca que altura atrapalha em três quesitos: roupas, sapatos e namorados. Mas garante que dentro de quatro a altura é fator determinante para as pivôs.

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