Falta de intensidade na marcação e tranquilidade nas jogadas de ataque. Esses foram os principais pecados do time de basquete feminino de Blumenau, ao menos na avaliação do treinador João Camargo Neto. As meninas enfrentaram o Campinas na tarde deste domingo, no primeiro jogo da série melhor de três que compõe as semifinais da Liga de Basquete Feminino (LBF). É a primeira vez na história que o time da cidade chega tão longe na competição nacional.
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As blumenauenses terminaram o primeiro quarto um ponto à frente, 19 a 18. Mas após virem as adversárias de Campinas abrirem cinco pontos na segunda etapa do jogo e nove na terceira, não conseguiram reverter toda a vantagem na etapa final, mesmo com uma forte pressão nos últimos minutos, e perderam a partida por 69 a 60.
Apesar da derrota, a cestinha da partida foi a ala venezuelana Waleska Perez, do Blumenau, que anotou 22 dos 60 pontos do time da casa. A camisa 14 também foi destaque com o duplo-duplo os 12 rebotes obtidos ao longo da partida. Do lado das campineiras, a ala Patty foi o destaque, com 21 pontos anotados.
Junto com outros nomes como Cacá, que também estava com a mão calibrada, Waleska Perez ajudou a comandar uma arrancada no último quarto. O time precisava recuperar a vantagem de pontos que o time de Campinas abriu no segundo e, principalmente, no terceiro quarto, quando a bola de Blumenau insistiu em não cair e a marcação cedeu espaços para as visitantes. Mesmo empurrado pela torcida e com os 17 pontos alcançados na última etapa da partida, as blumenauenses não conseguiram recuperar a diferença e vão precisar vencer a segunda partida para seguir lutando por uma vaga na final da LBF.
Mais intensidade na marcação e nos contra-ataques
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Ao final da partida, o técnico João Camargo Neto não escondeu a decepção com o desempenho do time, que segundo ele ficou aquém do que as blumenauenses poderiam fazer. Na análise dele, se houvesse mais aplicação na marcação, o time poderia explorar melhor o contra-ataque, uma das armas do time blumenauense.
– Poderíamos ter feito um jogo mais forte contra elas. Dos jogos que fizemos, foi um dos que tivemos menos intensidade defensiva do que nos outros. E elas têm muita qualidade, então administraram o placar. Fizemos um terceiro quarto muito ruim e, contra uma equipe como essa, tirar 10, 15 pontos, demanda muito trabalho – avalia.
– Agora é levantar a cabeça e ganhar lá. Não tenho dúvida nenhuma de que é possível reverter – complementa o treinador.
As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 12, no interior paulista, em jogo que pode definir a classificação das paulistas, caso Campinas vença novamente, ou forçar um terceiro jogo em caso de vitória das garotas de Blumenau.
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