A Base Aérea de Florianópolis completa 75 anos nesta semana como corporação da Força Aérea Brasileira (FAB), medida que fez parte do Decreto 3302, de 22 de maio de 1941, e seguia as orientações estratégicas para reforçar a defesa militar nacional durante a Segunda Guerra Mundial. A presença de aviões Desde então, a área no Sul da Ilha de Santa Catarina deve suas ações voltadas para a monitoramento do litoral sul brasileiro com missões de guerra, resgate e salvamento.

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Nesta quarta-feira, acontecem as últimas celebrações da semana pela data. Às 10h30min acontece a formatura na Base Aérea de Florianópolis (BAFL) e às 17h a orquestra faz apresentação nas escadarias à Catedral metropolitana de Florianópolis.

Mas se levarmos em conta a fundação Centro de Aviação Naval em Santa Catarina, aviões militares estão presentes no território catarinense desde 1923, e até a década de 1940 tinha suas missões voltadas para apoio à marinha. Os trabalhos de monitoramento do litoral continuam até hoje, mas nesses 75 anos algumas histórias passaram pelos céus de Santa Catarina.

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— Nosso trabalho é servir e apoiar qualquer esquadrão aérea que precise da nossa base. Mas locados aqui, tempos o Esquadrão Phoenix, com três aviões, responsável pelo patrulhamento do litoral — explica Antônio Pereira Damaceno Júnior, capitão aviador na BAFL, chefe da Comunicação Social.

Grandes histórias

A mais emblemática das histórias aconteceu em 1943. Um ano antes, o então presidente Getúlio Vargas declarou guerra aos Países do Eixo após o ataque de submarinos alemães a navios brasileiros. Mas o submarino U-513, apelidado de Lobo Cinzento e responsável por naufragar outros cincos navios brasileiros e um porta aviões britânicos, ainda rondava o litoral sul. No dia 19 de julho de 1943, o comandante Kapitãnleutmant Friedrich Fritz Guggenberger cometeu o erro e de mandar mensagens para a Alemanha e sua posição foi rastreada.

Da Base Aérea de Florianópolis partiu um avião americano que às 15h30min voou rasante sobre o mar onde o submarino estava visível, a 90 milhas da costa catarinense, e lançou seis bombas sobre o Lobo Cinzento, que afundou. Em seguida, os sete tripulantes foram resgatados.

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Durante a 2ª Guerra Mundial, a base também tinha um cinema, que na época funcionava como um dos meio de comunicação para exibir informações e imagens do acontecia da guerra em todo o mundo. Mensagens de patriotismo e coragem sobre os soldados brasileiros também eram exibidas. Com o fim da guerra, a BAFL voltou sua atividades para o monitoramento do litoral e treinamento de outros esquadrões.

— Até hoje somos um base que atraí muitos esquadrões para realizar tarefas de busca e treinamento devido a nossa localização. Estamos muito perto do mar e com área de águas calmas na baia — explica o capitão Damaceno.

Hoje a BAFL conta com 982 militares e ainda hospeda o Esquadrão Phoenix, com 3 aeronaves Bandeirante P-95, responsáveis por monitorar o litoral sul do Brasil. A mesma recente missão de patrulha localizou um veleiro argentino no litoral do Rio Grande do Sul. Os tripulantes seguiam de São Paulo a Montevidéu, mas estavam há cinco dias sem realizar contato com família, o que levantou a possibilidade de um possível naufrágio. Após a localização e atualização das informações o veleiro seguiu viagem.

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