A Barra da Lagoa é uma praia de contrastes. Tradicional reduto manezinho que mantém a pesca como uma importante atividade econômica, o local ganhou a preferência dos jovens que estão aprendendo surfar. E da mesma forma que o canal se mistura com o mar, não é difícil encontrar as lanchas dividindo espaço com barcos carregados de peixes.
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Mas a relação entre história e modernidade na Barra da Lagoa tem traços ainda mais fortes. Os moradores e turistas que hoje fazem fila nas estreitas ruas do bairro provavelmente não sabem que estão próximos a um importante sítio arqueológico formado há cerca de mil a cinco mil anos.
Os sambaquis que habitaram a região deixaram importantes registros para estudo da história de Florianópolis, tanto que há uma placa com informações sobre os antepassados no caminho para as piscinas naturais.
Apesar das dualidades, alguns pontos são unanimidades. A praia tem boa infraestrutura, com diversos restaurantes próximos da areia e opções de comida que atendem os mais exigentes e até quem tenta economizar. Também há escolas para aprender e praticar esportes como kitesurf e stand up paddle. Isso sem falar do mar, que reflete o azul do céu em um dia ensolarado.
Como chegar?
O acesso pode ser complicado se tiver que passar pela Avenida das Rendeiras, que é a principal via da Lagoa da Conceição e tem congestionamento quase todos os dias durante a temporada de verão. A dica é ter paciência e permanecer na fila, já que é o único caminho da região central para a Barra. (veja o mapa abaixo)
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Após passar pela Avenida das Rendeiras, haverá um pequeno desvio à direita e depois outro pela esquerda, sempre com sinalização adequada e sem a necessidade de entrar em outra rua. A partir dali é seguir reto pelo morro da Praia Mole e pela ponte sobre o canal da Barra, onde pode haver lentidão no trânsito por conta da reforma na estrutura.
Quem vier pelo Sul da Ilha pode passar pela Rua Vereador Osni Ortiga (SC-406), mas também terá que atravessar a Avenida das Rendeiras. O único caminho para escapar da via é pelo Norte da Ilha, acessando a Rodovia João Gualberto ainda no bairro dos Ingleses e seguindo reto até o bairro.
Há dois acessos principais. Para quem vem da Avenida das Rendeiras, o mais próximo é pela Rua Altamiro Barcelos Dutra, onde é possível chegar à praia seguindo a sinalização. Quem vem dos Ingleses pode entrar na rotatória com a Avenida Cidade de Córdova, que levará para a localidade conhecida como “Cidade da Barra” e de onde é possível ver o mar ao fazer pequenos desvios.
Quem optar pelo ônibus terá que chegar até o Terminal Integrado da Lagoa da Conceição (Tilag). Há duas linhas que saem do Centro com esse destino: 320 e 330, ambas na plataforma A. Ao chegar, basta procurar pela placa “360 – Barra da Lagoa” no fim do terminal para embarcar para o bairro. A linha faz o mesmo trajeto dos veículos, então pode haver algum trânsito. Por fim, é só descer no último ponto, bem em frente à praia, para colocar os pés na areia.
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Os que preferem utilizar o serviço de transporte por aplicativo irão pagar, no mínimo, entre R$ 35 e R$ 40 para chegar à praia saindo da rodoviária e R$ 37 se estiverem no aeroporto. Vale lembrar que os valores são estimados e podem ser afetados pela demanda do momento. Com o táxi, os preços deve ser de, pelo menos, R$ 55 a partir da rodoviária e R$ 70 do aeroporto.
Características da praia?
A Barra da Lagoa chama atenção pelo mar azul e a longa faixa de areia, já que não há acidentes geográficos que a separem da praia do Moçambique. A água é fria e tranquila no início da praia por conta da correnteza do Canal da Barra. Quem preferir ondas maiores deve caminhar por cerca de um quilômetro para o Norte, onde o mar é aberto e há mais inclinação da areia.
As últimas cinco análises feitas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) indicam que a Barra da Lagoa é própria para banho. O teste é realizado em apenas um ponto, sempre no início da praia, há cerca de 50 metros dos molhes.
A areia é amarela e fofa, mas os banhistas podem caminhar ou correr se estiverem mais próximo do mar. A praia também tem um pequeno calçadão logo no início, onde há alguns banheiros químicos e chuveiro com ducha. Também há um posto da Polícia Militar no local. Por conta do mar tranquilo, o posto guarda-vidas fica um pouco afastado do Canal da Barra.
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Público que frequenta?
Diferente da vizinha praia Mole, onde os jovens predominam, na Barra o público é diversificado. Há presença de muitos moradores, com crianças e idosos ocupando principalmente a região próxima ao canal por conta do mar tranquilo. Os turistas estrangeiros até estão na areia, mas não são maioria. Os hoteleiros contam que, além dos argentinos e uruguaios, a praia também é muito procurada por norte-americanos e europeus.
O que fazer?
A praia é muito procurada para praticar esportes radicais. Ao menos cinco escolas de surfe estão instaladas com barracas na areia ou em pontos comerciais na orla. Uma aula de surfe, com instruções teóricas e práticas, dura cerca de 1h30min. Também há opção de pacotes de cinco ou oito aulas, com preço mínimo de R$ 500.
O mar tranquilo próximo ao farol e a proximidade com o Canal da Barra facilitam o uso do stand up paddle. A prancha pode ser alugada no local. A água tranquila também atrai muitos praticantes de kitesurf, já que há opção de alugar o equipamento na orla.
Quem for com a galera pode jogar futebol ou vôlei nas quadras de areia disponíveis no início da praia. Outra opção é utilizar alguns equipamentos de academia ao ar livre para se exercitar. Já as crianças podem se divertir no playground que está próximo das quadras.
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Se a melhor opção for uma sombra para relaxar, também há opções que podem ajudar quem vier de viagem ou ônibus. É possível alugar guarda-sol e cadeira em diversos pontos ao longo da areia, cada um ao preço de R$ 10 pela diária.
Também há diversos lugares para passear saindo da areia. O ponto preferido para as selfies é o farol, onde é possível ter uma visão panorâmica da praia.
Quem atravessar o Canal da Barra pela passarela pode chegar na Prainha da Barra após 100 metros, nas piscinas naturais com 300 metros de caminhada e 600 metros de uma trilha íngreme, e até a praia da Galheta após 15 minutos de subidas e descidas. Há sinalização para acesso a todos esses locais.
O que comer?
A faixa de areia tem uma sequência de quiosques credenciados pela Prefeitura e separados por 5 metros. Todos aceitam cartões de crédito e débito, mas há variação de preços. Uma opção mais saudável é a salada de frutas, que custa em média R$ 10. Já o copo de 500ml de açaí tem o preço mínimo de R$ 15 e tem complementos de morango, banana, leite condensado e leite ninho.
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Quem não quiser levantar da cadeira, pode comprar com alguns dos poucos ambulantes que circulam pela praia. O queijo coalho sai por aproximadamente R$ 5, enquanto os picolés custam entre R$ 3 e R$ 12.
O que beber?
O preço das bebidas também é diferente entre os quiosques credenciados, os quais aceitam cartões de crédito e débito. A garrafa de água, por exemplo, pode ser encontrada por no mínimo R$ 5,00. O refrigerante, a água de coco e o copo com caldo de cana custam entre R$ 5 e R$ 10. Também há opções de vitaminas, com a combinação de frutas e sucos naturais.
Quem quiser uma cerveja terá várias opções à disposição, com faixa de preços entre R$ 6 e R$ 7,50 para latas de 350ml e garrafas long neck. Quem preferir uma mistura com destilados pode escolher um drinque, batida ou caipirinha, que são vendidos no mínimo entre R$ 15 e R$ 20.
Estacionamento?
Há poucas vagas em frente à praia e geralmente são ocupadas logo no início da manhã. Como as ruas do bairro são estreitas, são poucos os espaços para deixar o veículo. Há algumas opções de estacionamentos privados para deixar o carro e utilizar o chuveiro.
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Restaurantes próximos?
Há opções para todos os gostos. Desde frutos do mar até sushi, passando pelo tradicional prato executivo. Alguns atendem com cadeiras na praia — as quais ocupam, inclusive, boa parte da areia. Entre os restaurantes pesquisados, o pedido mais comum é o camarão à milanesa, vendido em porções de 500 gramas.
Porções de pescado grelhado e risoto de frutos do mar também estão entre os preferidos do público e podem ser encontrados em quase todos os restaurantes. Quem prefere algo mais em conta, pode encontrar prato executivo por R$ 15, mesmo valor do combo com x-burguer, batata frita e refrigerante. Há vários pontos com venda de pastéis, com sabores variados, de queijo, camarão e siri.