O triângulo amoroso composto pela escrava Aida, o guerreiro Radamés e a princesa Amneris, 700 anos a.C. no Egito antigo, serviu de inspiração, há mais de 140 anos, para o consagrado compositor italiano Giuseppe Verdi criar o repertório da ópera Aida. Nesta sexta-feira, a peça é reencenada por um ex-bancário já conhecido dos joinvilenses.
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O barítono de 44 anos Douglas Hahn – que deixou o antigo emprego para investir na carreira musical – inicia temporada em Buenos Aires.
Na grandiosa produção em comemoração ao ano do bicentenário de nascimento de Verdi, o músico interpreta Amonasro, rei da Etiópia e pai da protagonista que dá nome à peça. As apresentações em território argentino ocorrem, também, nos dias 18, 20, 22 e 24 de agosto, no Teatro Avenida.
A montagem tem aproximadamente 200 envolvidos, entre orquestra, bailarinos, solistas e coro. Além do joinvilense, outra artista brasileira compõe o elenco: a mezzo soprano Edineia de Oliveira, de São Paulo. Os demais solistas são argentinos.
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A ópera em quatros atos tem duração média de 2h45. Para se preparar para o papel, Douglas está há duas semanas em Buenos Aires e, antes disso, passou um mês ensaiando em São Paulo. De acordo com o barítono, o grau de dificuldade na apresentação de uma ópera é muito maior do que quando se realiza um concerto apenas com orquestra:
– As principais diferenças estão no tempo de ensaios cênicos e musicais, que é maior no caso da ópera, e no desenvolvimento teatral na elaboração de cada personagem.
Recentemente, Douglas lançou o site www.douglas-hahn.com, onde os fãs podem obter informações sobre a carreira do artista, acompanhar sua agenda, visualizar vídeos e fotos. Para ele, o endereço eletrônico representa uma forma de ampliar o contato com o público, divulgar e promover seu trabalho.
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Ainda este ano, o artista tem apresentações agendadas em Campinas (SP) – com a ópera Joanna de Flandres, de Carlos Gomes – em Belo Horizonte (MG) – com Un ballo in Maschera, de Verdi.
Sem previsão para retornar à cidade natal, ele sonha com o dia em que Joinville tenha uma orquestra profissional e um teatro onde seus conterrâneos possam prestigiar óperas e concertos com regularidade.