Bares e restaurantes de Joinville terão códigos para denúncia de assédio

A campanha “Joinville Sem Assédio”, que propõe que bares, restaurantes e casas noturnas da cidade ofereçam auxílio e proteção à mulher em situação de risco de assédio, foi lançada nesta sexta-feira (25). 

Acesse para receber notícias de Joinville e região pelo WhatsApp

A ideia é que as mulheres peçam ajuda aos funcionários por meio de um drink específico ou um código disponibilizado apenas nos banheiros femininos dos estabelecimentos, que serão orientados pela polícia sobre como agir em cada situação e ganharão o selo para denúncia.

Uma das justificativas da campanha são os índices de violência contra a mulher. Entre janeiro e maio de 2022, o número de feminicídios registrados em Santa Catarina  é de 26, o dobro do mesmo período do ano passado. 

A iniciativa é do vereador Cassiano Ucker (União Brasil), em parceria com a Polícia Civil e o Sindicato VivaBem, do setor hotéis, restaurantes, bares e similares de Joinville e região. 

— Oferecer esse acolhimento nesses ambientes onde as mulheres estão mais vulneráveis e podem precisar pedir ajuda para serem levadas em segurança até o carro, e em casos mais graves, solicitar auxílio da polícia — explica o vereador. 

A presidente do sindicato, Ana Luiza Wetzel, acredita que os estabelecimento de Joinville farão a adesão  de maneira natural.

— Esse auxílio às mulheres não precisa ser algo instituído por força de lei, nesse primeiro momento — pontua.

Já para o delegado regional da Polícia Civil, Rafaello Ross, a iniciativa contribui para resolver casos que não são de polícia. 

— Às vezes o homem dá um cantada, insiste e a mulher quer sair da situação. A proposta ajuda o funcionário sobre como abordar o sujeito e ajudar a vítima até o carro e evitar conflitos — destaca. 

Em Santa Catarina já existe uma iniciativa semelhante em farmácias. Em outras cidades como Curitiba, Maceió e Belo Horizonte, o apoio às mulheres em restaurantes, bares, casas noturnas e outros estabelecimentos já é lei.

Leia também

Influenciadora de Joinville diz ter sido agredida em balada: “Levei soco e caí no chão”

Vítima de violência doméstica demitida após constrangimento reconquista trabalho

Proteção da mulher, criança ou adolescente terá reforço em SC