Uma embarcação com três pescadores de Itajaí naufragou, na noite de sexta-feira, no litoral gaúcho. Depois de uma caminhada de cinco horas pela mata até chegar à BR-101, em São José do Norte, os catarinenses conseguiram ajuda em uma fazenda perto da estrada. Nenhum deles ficou ferido e a viagem de volta para casa ocorreu na tarde deste domingo.
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O acidente aconteceu perto do Farol da Conceição, entre as cidades de São José do Norte e Tramandaí. Segundo o sargento Nilo Peixoto, que atendeu a ocorrência, os pescadores, que estavam no pesqueiro Juliana Quarto, informaram que encalharam perto da costa. O barco de 10 metros de comprimento foi totalmente destruído pelas ondas. Peixoto afirmou que eles perderam quase tudo o que estava na embarcação.
Depois de o pesqueiro encalhar, os três nadaram até a margem e cruzaram o caminho até a rodovia a pé, só de bermudas. O proprietário de um sítio na marginal da BR-101 acolheu os pescadores e emprestou o celular para entrarem em contato com a funcionária da Rádio Costeira de Itajaí (que presta informações a pescadores), Solange Maria da Cruz. Ela comunicou a Capitania dos Portos de Rio Grande, RS, que no sábado à tarde buscava o grupo de balsa. Os pescadores receberam refeições e dormiram a segunda noite em um hotel na cidade.
– Os três estavam bem fisicamente e nada sofreram. Foi só um susto – afirmou o sargento Peixoto.
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De acordo com a funcionária da Rádio Costeira de Itajaí, o pescador que encontrou em contato chama-se Sidnei e era genro do ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesca de Santa Catarina (Sintrapesca), Aluísio Vieira da Silva, que foi buscar o grupo em Rio Grande. O carro saiu da cidade gaúcha às 15h deste domingo e deveria chegar a Itajaí por volta da 1h de segunda-feira.
Apesar de os pescadores serem de Itajaí, o barco era de Laguna, no Sul de Santa Catarina.
No momento do naufrágio, eles pescavam corvina com redes de malha. A Capitania dos Portos abriu inquérito para investigar as causas do naufrágio.