Uma embarcação tombada, quase afundando, chamou a atenção de algumas pessoas em Barreiros, São José, nos últimos dias. Trata-se do barco Escola do Mar II, que foi usado até 2008 como barco-escola para a realização de projetos de educação ambiental na cidade. A embarcação é da prefeitura e estava sem uso. Já foi a leilão duas vezes, mas até agora, ninguém quis comprar o barco.
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A embarcação quase virou com a ventania da madrugada do último dia 4 de dezembro. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de São José, está sendo elaborado um plano de ação para “desafundar” o barco. O Corpo de Bombeiros de São José está sendo parceiro para avaliar a situação, mas ainda é preciso esperar a maré baixar. Caso não seja possível, mesmo com a ajuda dos bombeiros e de sua equipe de mergulhadores, a prefeitura terá que avaliar juridicamente a possibilidade de contratar emergencialmente uma empresa para realizar o destombamento do barco.
De acordo com a Secretaria de Educação de São José, a embarcação está ancorada em Barreiros há bastante tempo e recebia manutenção frequentemente. Ela está em situação precária e não pode mais receber tripulantes ou levar as crianças da rede municipal de ensino para passeios educativos, como era feito antes.
O barco só espera por sua venda. O segundo e último leilão ocorreu em 25 de novembro e teve valor inicial de R$ 50 mil. Mas, mais uma vez, nenhum interessado compareceu. A possibilidade é da realização de um novo leilão, com um novo preço. Ainda não há previsão para ele ocorrer.
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Investigação
O barco, segundo o diretor do Centro Municipal de Educação Ambiental Escola do Mar, Marcelo Cipriani, foi usado até 2008 para o projeto de educação ambiental. Como era muito grande — comporta 140 pessoas — o projeto acabou utilizando mais a embarcação Escola do Mar, que tem lugar para 40 pessoas.
— Como atendíamos turminhas de 30 alunos, não era preciso usar um barco tão grande — explicou.
O Escola do Mar II acabou sendo aposentado em 2009. Uma ação na Justiça, instaurada pelo Ministério Público, apura o caso. Na época, afirma a Secretaria de Educação, a embarcação foi levada para uma marina particular em Biguaçu e lá ficou sem manutenção. A ação quer identificar quem da gestão municipal da época encaminhou o barco até a cidade vizinha e por que não foi realizada sua manutenção ou reforma.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o município, através de uma liminar, conseguiu retirar a embarcação de Biguaçu em 2013 e levar novamente a São José, para a realização do primeiro leilão.
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Escola do Mar continua
O abandono da embarcação maior não significa que o projeto ambiental teve fim. Os passeios são realizados com um barquinho menor, o Escola do Mar, contou o diretor Marcelo Cipriani. Somente neste ano, mais de 5 mil crianças da rede municipal de ensino de São José foram atendidas.
— O Centro Municipal de Educação Ambiental Escola do Mar existe desde 2005 e tem como objetivo levar a compreensão da preservação e da relação entre ser humano e meio ambiente aos alunos da rede municipal de São José. A proposta é sensibilizar para uma consciência crítica e ambiental — explicou Cipriani.
Além dos passeios com barco, onde são tratados temas como poluição e preservação dos mares, a escola ambiental trata assuntos como reciclagem, flora e fauna da região — estes, em terra firme.
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