Diziam que o Barcelona tinha acabado, que o encanto de Messi tinha ido por água abaixo, que jogadores como Xavi e Iniesta estavam velhos (apesar do segundo ter a mesma idade de Cristiano Ronaldo, por exemplo: 28 anos). Mas o time que tanto foi elogiado pelo mundo nos últimos cinco anos voltou, reverteu o placar de 2 a 0 da ida contra o Milan, e goleou o Rossonero em casa por 4 a 0 pelas oitavas de final da Liga dos Campeões.
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Messi, que chegou a ser criticado pelas últimas atuações, fez dois ainda no primeiro tempo e foi fundamental durante os 90 minutos. Xavi e Iniesta fizeram toda a movimentação típica do Barcelona, e Villa fez o gol que garantiu o time na próxima fase da competição.
As quartas de final vão ser definidas na próxima sexta-feira de manhã. Ainda restam dois confrontos, que acontecem nesta quarta-feira. O Málaga recebe o Porto, que venceu a ida, em Portugal, por 1 a 0. Além do jogo entre Arsenal e Bayern de Munique. Os bávaros derrotaram os ingleses em Londres por 3 a 1.
Pra variar, Messi desequilibra na primeira etapa
O primeiro tempo começou exatamente como já era imaginado, com o Barcelona atacando muito, com praticamente todos os jogadores, com muita movimentação. E um fator favorável que deixou tudo a favor dos catalães: gol de Messi logo aos quatro minutos. Passes irresistíveis na entrada da área do Milan, e o Melhor do Mundo incorporou o Maradona de 1994, e fez um gol muito semelhante ao do “Pibe” contra a Grécia na Copa do Mundo, aquele da comemoração praticamente xingando a câmera.
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O Milan ficou assustado. Todos os jogadores atrás da intermediária italiana, praticamente nenhuma ação ofensiva e um time bem acuado. O jogo era um “ataque contra defesa” clássico. O Barça arriscava, fazia infiltrações, tentava confundir a zaga e utilizar todas as armas possíveis, a mais evidente era a da marcação em cima, logo que perdia a bola, encurralando o Rossonero.
Algumas boas chances aconteceram, mas foi preciso que o Barça tomasse um susto para agredir “sério”. Niang aproveitou-se de falha na defesa, saiu correndo, ganhou na velocidade, chutou na saída de Valdés e foi na trave. Suficiente para deixar o Camp Nou calado.
Logo depois, Ambrosini falhou no meio do campo, e a bola sobrou nos pés de Iniesta. O espanhol achou Messi entrando, que recebeu, e chutou forte e rasteiro para empatar no placar geral. O jogo foi para o intervalo indo para os pênaltis.
Milan se abre e Barça aplica goleada
A etapa final começou no mesmo ritmo. E o Barça tinha mandado para longe aquele time que perdeu para o próprio Milan e para o Real Madrid duas vezes, que mostrava-se apático. Ia para cima sem medo, com paciência e com muita inteligência. E todas essas virtudes passam por Xavi, que deu um passe fantástico para Villa fazer o terceiro.
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O que Allegri tentou fazer em seguida foi colocar velocidade e juventude. Tirou Niang, que tornou-se o “vilão”, por causa do gol perdido, e Ambrosini, e colocou Muntari e Robinho. Enquanto Jordi Roura não respondeu com substituições na mesma hora, mas com mudanças dentro de campo. O ímpeto alucinante diminuiu um pouco, e os laterais ficaram mais presos, principalmente Daniel Alves. Quando trocou alguém, foi Villa, um monstro em campo, por Sánchez, ambos da mesma posição.
A última cartada de Allegri foi um catalão, o jovem Bojan, cria do Barça, que jogava pela primeira vez contra o seu ex-clube. A dupla do espanhol de origem sérvia com o brasileiro quase resultou em gol. O primeiro mostrou-se insinuante algumas vezes, e quase colocou Robinho na boa para fazer o gol salvador. Mas afinal ele não saiu. Pelo contrário, veio um contra-ataque, e Alba ainda fez o quarto.