Cristiano Ronaldo é a máxima potência da vaidade no futebol, mas os jogadores de Avaí e Figueirense também tentam entrar em campo com o cabelo bem cortado. E um dos responsáveis por fazer a cabeça da boleirada, no bom sentido da expressão, é o barbeiro Marlon Fraga, 32 anos, dono de uma modesta, porém movimentada, barbearia no bairro Jardim Zanelatto, em São José.
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Por uma indicação de amigos, Marlon começou a ser chamado para cortar o cabelo de jogadores, e olha que ele começou na profissão há menos de um ano.
– Comecei cortando o cabelo de amigos, vi que levava jeito pra coisa e resolvi abrir o salão pra ver, e tá dando muito certo. O primeiro jogador que cortei foi o Júnior Urso (hoje jogador do Atlético-MG) – conta Marlon.
E estar no meio da turma da bola é algo que agrada o profissional, que curte e cultiva a amizade com os “parças”. Ele tentou também ser jogador, tanto que treinou em Tubarão, Blumenau, fez teste para jogar na Coreia do Sul, mas não deu.
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– Mas tudo é o plano de Deus, é ele quem manda. Eu não era craque (risos). Sou melhor barbeiro do que jogador, com certeza – brinca o ex-meia, que ainda joga suas peladinhas por aí.
Torcedor do Figueirense, mas não dos mais fanáticos, é no Alvinegro a maioria dos seus clientes. O zagueiro Bruno Alves é um dos que recorrem a Marlon assim que o “black” começa a sair do controle.
– O Clayton (hoje no Atlético-MG) me trouxe aqui e venho até hoje cortar com ele. E o risquinho dá sorte, já virou superstição – diz o zagueiro, que vai com o cabelo bem cortado encarar o Sampaio Corrêa, quarta-feira, pela Copa do Brasil.
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De tudo um pouco
Antes da barbearia virar o ganhão principal, Marlon foi vendedor de loja de roupa, trabalhou na Comcap e por último foi estoquista noturno. Mas a partir dos primeiros cortes, e do retorno financeiro, decidiu apostar no negócio, que vem prosperando justamente por conta da boleiragem que dá ponto na barbearia e faz a alegria dos clientes.
– O contato com eles me ajuda a divulgar o trabalho, também porque eu gosto desse meio e faz com que eu fique perto. O Bruno Alves é meu parceiro, cliente fiel. Antes de ir embora, o Clayton disse que ia deixar um cara firmeza, e é o Bruno – diz.
E se os jogadores não podem ir até o Jardim Zanelatto, Marlon vai até eles na casa ou no hotel de concentração. E foi assim que Alemão e Tatá, novos reforços do Avaí, chegaram para a apresentação com o visual em dia.
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