A vida do cabeleireiro Sadi Bueno, de 67 anos, ganhou um novo sentido quando ele conseguiu gravar um CD com músicas próprias e mostrá-lo para clientes e amigos.
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Ligado ao tradicionalismo gaúcho, Sadi cultivava esse sonho havia muitos anos. Nascido em Santo Ângelo (RS), ele também morou em Pato Branco (PR), onde viveu a primeira experiência com a música tradicionalista e fez parte do conjunto Sentinela da Querência.
Tempos depois, já casado, veio trabalhar em Joinville, na Tigre. Na cidade, a família cresceu – teve quatro filhos e, depois, cinco netos -, e a paixão pelos palcos e bailes aumentou. Sadi passou a ser convidado por amigos para tocar violão e contrabaixo em bandas locais, como Os Atuantes. Fez isso por cinco anos, sempre nos finais de semana.
Mas foi no momento em que se aposentou, em 2006, que deu uma virada na vida. Como cabeleireiro, ofício que aprendera na juventude, abriu um salão na rua 15 de Novembro, no Vila Nova.
Só que a inquietude de Sadi continuava falando mais alto. No ano passado, entre um corte e outro de cabelo, ele decidiu aprender a tocar gaita. Paralelamente, compôs 11 músicas e gravou um CD em um estúdio de Joinville por conta própria. Ainda reservou uma faixa do CD para a neta Camila Baier, que cultiva a mesma paixão.
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Hoje, Sadi se diz quase realizado. Falta apenas ele ouvir as suas canções tocarem em alguma rádio da cidade.
– Seria a realização de um sonho. Se isso não acontecer, vou continuar tocando, gravando e vendendo os meus CDs – avisa Sadi, que diz já ter vendido metade dos mil exemplares a R$ 12 cada.