Atento ao ambiente que promete ser cada vez mais competitivo para o mercado bancário, o Banrisul prepara um plano agressivo de expansão. Até o fim de 2014, o banco estatal gaúcho quer alcançar a marca de 110 agências abertas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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No Estado, além de reforçar a atuação nas principais praças, a intenção é ter presença em todos os municípios, seja por meio de agências ou postos de atendimento. Atualmente, o banco está em 416 das 496 cidades gaúchas.

– A meta do governo é estar em 100% do Estado – afirma o vice-presidente do banco, Flavio Lammel, ressalvando apenas que o número de agências em prospecção pode ser inferior ou até superior aos 110 pontos estimados.

A etapa de crescimento mais acelerado deve ocorrer até o fim do próximo ano. A projeção é investir R$ 46 milhões para abrir 89 agências entre 2012 e 2013, sendo 15 em Santa Catarina. Nessas 89, estão incluídos os 19 pontos que já abriram as portas neste ano.

As despesas com abertura de novas agências, contratação de 722 funcionários e os investimentos que cresceram 105,8% e alcançaram R$ 195,3 milhões no primeiro semestre impactaram o lucro do Banrisul no período.

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Nos primeiros seis meses do ano, o resultado ficou em R$ 419,6 milhões, queda de 4,3% na comparação com o primeiro semestre de 2011. Ainda no segundo trimestre, o lucro ficou em R$ 205,2 milhões, 9,7% abaixo do verificado entre abril e junho de 2011.

O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, sustenta que os investimentos são necessários para preparar o banco tanto para o aumento da competição quanto pela necessidade de buscar novas alternativas para manter a rentabilidade em um cenário de queda da taxa Selic e dos juros bancários.

– Se tivéssemos que sintetizar este semestre em uma única expressão diríamos que foi um período de transição e preparação para o futuro – afirmou o presidente do Banrisul.

O saldo da carteira de crédito do Banrisul no fim de junho ficou em R$ 22,8 bilhões, crescimento de 21,5% sobre o primeiro semestre do ano passado.

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Problema técnico quase impede divulgação de dados

Embora o banco não tenha apurado o número de forma precisa, a queda da Selic no decorrer do ano e principalmente a redução dos juros nas operações de crédito a partir de abril também afetaram o resultado. Segundo Zamin, o impacto “não chega R$ 50 milhões”, quase todo no segundo trimestre.

Por conta de uma dificuldade de enviar o balanço para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a divulgação dos resultados chegou a ser considerada cancelada por alguns minutos ontem pela manhã.

O banco havia se comprometido a informar o resultado à CVM até as 10h, horário de abertura da BM&FBovespa. Um problema técnico, no entanto, impedia o envio do arquivo. Até a possibilidade de utilização do fax chegou a ser considerada.