Banhistas encontraram a cabeça de um tubarão da espécie mako em uma praia de Florianópolis. A parte do corpo foi encontrada pelo casal no sábado (11), quando passeavam em Ponta das Canas, no Norte da Ilha.

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A espécie está em perigo crítico de extinção, conforme o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (Salve) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O biólogo e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Renato Freitas, especialista em tubarões e raias, disse que o mako “era razoavelmente comum, agora não tanto, mas ainda tem”.

— Os animais jovens se aproximam da costa para se alimentar. Mas as pessoas podem ficar tranquilas e seguras porque aqui em Florianópolis praticamente inexistem acidentes com tubarões e raias nos últimos 50 anos —, afirma o professor.

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— Infelizmente tem muitos pescadores que acabam retirando esse animal da natureza, cortam a sua cabeça. A cabeça não é vendida, então acaba indo para a praia. Filetam esse animal, cortam as nadadeiras, vendem às vezes essas postas. Muitas pessoas consomem cação e acham que estão consumindo sei lá o quê, mas são tubarões, e muitos ameaçados de extinção —, completa o biólogo.

Veja o vídeo:

Tubarão pode alcançar 90 km/h

O tubarão-mako se alimenta de atuns, marlins e outros tubarões, conforme o Projeto de Extensão do Laboratório de Biologia de Teleósteos e Elasmobrânquios da UFSC. A espécie pode alcançar quase 90 quilômetros por hora na arrancada, e manter uma velocidade de 50 km/h enquanto persegue uma presa.

Diferentemente da maioria dos outros tubarões, o mako consegue deixar o sangue mais quente do que a temperatura da água, o que o permite explorar ambientes mais frios e profundos em busca de alimento.

O que fazer se encontrar um animal marinho na praia

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola Estadual (Cidasc) divulgou orientações sobre como proceder ao encontrar animais marinhos:

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  • evite contato direto com animais marinhos, principalmente lobos e leões-marinhos
  • ao encontrar esses animais feridos ou descansando nos costões ou praias, não se aproxime
  • se o animal estiver morto, avise a Cidasc pelo telefone 0800-644-9300 ou chame a Polícia Ambiental

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