Um duplo homicídio foi registrado na noite da quarta-feira em Itajaí. Conforme a Polícia Militar, Elizeu Brito Arzena, 18 anos, e Sandro Betoni, 23, foram mortos a tiros em um bar no bairro Cidade Nova – Arzena morreu no local e Betoni chegou a ser levado para o Pronto-Atendimento do bairro São Vicente, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de dar entrada na unidade. Uma adolescente de 16 anos foi atingida no abdômen e no pé; e o dono do estabelecimento, 23, foi baleado na cintura. Os dois receberam atendimento médico e passam bem.
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De acordo com relato de uma das vítimas à polícia, quatro homens pararam em frente ao bar, localizado na Rua Palmir Francisco Dias, com um automóvel Gol de cor escura, por volta das 23h20. A testemunha disse ainda à PM que dois deles estavam armados e começaram a fazer disparos na parte externa do estabelecimento. Em seguida teriam entrado no bar e continuaram atirando. No local, foram encontradas cápsulas de pistola calibre 380.
Os suspeitos do crime fugiram depois de fazer os disparos e até a manhã desta quinta-feira não haviam sido presos.
Segundo a PM, Arzena e Betoni tinham passagens policiais por tráfico e posse de drogas. O homem que ficou ferido também tinha registros por porte ilegal de arma de fogo e tráfico. A adolescente não possuía passagens policiais – conforme informações de vizinhos, ela estaria na frente de casa, que fica ao lado do bar, e acabou sendo baleada.
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O caso será investigado pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) da Polícia Civil.
Mais de 10 tiros disparados
Uma moradora, que não quis se identificar, contou, em entrevista à RBSTV, que ela e o marido estavam se preparando para dormir quando ouviram os tiros no bar. De acordo com ela, os dois subiram para o andar de cima e quando chegaram lá os disparos ainda não tinham parado.
– Foram muitos tiros, calculo uns 10 tiros, um atrás do outro. Depois que acalmou a gente viu que duas pessoas tinham sido baleadas. Eles estavam caídos dentro do bar. Eu fiquei com medo de uma balada perdida, porque botar o rosto na janela pode vir um tiro – conta.
Outro morador, que também preferiu não ser identificado, disse à reportagem que estava voltando da igreja quando ouviu três estampidos. Em seguida, o homem conta que foi até a rua e viu todo o tiroteio.
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– Foram mais de 10 tiros, uma ação bem rápida. Logo em seguida entrei no bar e já tinha os dois caídos, um estava morto e o outro ainda respirava. Mas eu não vi quem atirou, porque eles saíram na direção que eu estava e eu sai fora para não ser visto. Eles vivem armados, tem vizinhos armados, é um ajuntamento de pessoas que lidam com drogas e isso traz preocupação para todos, tem que se cuidar, não pode se expor muito – relata.