Os integrantes da banda gaúcha Safira chegaram aliviados em Joinville, no Norte de SC, na tarde desta sexta-feira, após a reviravolta na investigação da morte da jovem Jessica Lovatto de Oliveira, 19 anos, crime que ocorreu no dia 8 de maio no Paraguai e de se transformarem em suspeitos após manifestação do Ministério Público paraguaio.

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A reviravolta ocorreu na quarta-feira, depois da manifestação da Polícia Civil do País vizinho e da divulgação de imagens do sistema de segurança do parque onde a banda tocou.

As cenas contrariaram a versão do Ministério Público de que a jovem teria entrado no ônibus após o baile e não teria saído mais. Nas imagens divulgadas pela Polícia Civil, Jessica aparece saindo sozinha, levada por um dos integrantes da banda até perto do portão do parque da Expo-Santa Rita.

O baile em Joinville é o primeiro após o episódio. Orientados pelo empresário da banda, os integrantes evitaram falar com a imprensa, mas posaram para fotos na entrada da Sociedade Floresta, na zona Sul de Joinville, onde ocorreria o baile.

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A Safira toca pelo menos cinco vezes por ano em Joinville há mais de dez anos. Animados com a rotina de shows, os membros do grupo nem ligaram para a chuva e começaram a montar os equipamentos no fim da tarde.

– Agora é tocar a vida para frente. Os integrantse da Safira sempre foram inocentes. Agora está mais do que provado pelas imagens – disse o empresário Nelson Maia.

No começo da semana, o Ministério Público do Paraguai informou que estava investigando os integrantes da banda brasileira na participação no estupro e assassinato de Jéssica.

A jovem era promotora de eventos na Expo-Santa Rita, cidade próxima cerca de 75km de Foz do Iguaçu (PR). Seu corpo foi encontrado na madrugada de 08 de maio, em um esgoto, nas imediações da feira. Exames periciais indicaram que a causa da morte foi uma fratura no colo do útero e asfixia por estrangulamento. Além disso, o corpo apresentava sinais de abuso sexual.

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De acordo com o empresário, todos os shows e bailes estão mantidos.

– Ninguém cancelou qualquer data com a Safira. Ainda mais agora que a imprensa toda, do Paraguai e do Brasil, está noticiando que não tivemos nada a ver com o crime – disse Maia.

Neste sábado a banda toca em Jaraguá do Sul, no Vale do Itapocu, e no domingo em Pouso Redondo, no Alto Vale do Itajaí.

Entenda o caso:

– Na manhã de 8 de maio, o corpo da jovem Jessica Lovatto de Oliveira, 19 anos, foi encontrado dentro de um bueiro, na calçada do outro lado da rua do local da Expo Santa Rita, realizada no município paraguaio de Santa Rita, localizado a 75 quilômetros de Foz do Iguaçu.

– A causa da morte foi asfixia por estrangulamento e fratura cervical. Além disso, Jessica apresentava sinais de ter sido abusada sexualmente. Jessica era brasileira mas morava na cidade de Santa Rita, no Paraguai. Ela era funcionária de uma das empresas que estavam expondo na feira.

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– Ainda no dia 8 de maio, a polícia local prendeu Denis Feliciano Rodriguez, 22 anos, que seria namorado da vítima e estaria com ela durante a feira e a madrugada do crime. Dois dias depois, ele foi enviado para um presídio.

– No dia 17 de maio, o Ministério Público local concede liberdade ao suspeito após surgirem imagens da vítima conversando com músicos da banda gaúcha Safira. Segundo o MP paraguaio, uma gravação mostraria Jessica ingressando no ônibus da banda durante a madrugada. Ela teria desaparecido após subir no veículo.

– Nesta quinta-feira, uma nova reviravolta. A polícia local verificou as imagens e descartou envolvimento dos músicos. O gaiteiro da banda teria apenas acompanhado a jovem até as proximidades da saída, após as 4h. A partir de então, ela teria sido perseguida e morta por um homem não identificado, que teria premeditado o crime e estaria cercando a vítima durante o evento.

– Nesta sexta-feira, a banda retomou a rotina de shows e bailes, começando por Joinville, na Sociedade Floresta. Estão agendados, ainda, bailes em Jaraguá do Sul e Pouso Redondo, também em Santa Catarina. Aliviados, os integrantes da banda dizem que episódio já faz parte do passado.

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