O investimento necessário para implantar redes de fibras óticas e redistribuir o sinal para difusão da internet de alta velocidade nos mais de quatro mil municípios previstos no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) é de R$ 7 bilhões. A informação foi dada hoje pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

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O ministro reafirmou a disposição da presidente Dilma Rousseff, anunciada na semana passada, de garantir recursos de até R$ 1 bilhão por ano para a Telebrás investir nessa frente, em um montante que, ao longo de quatro anos, chegaria a R$ 4 bilhões. Bernardo não explicitou de onde viriam os R$ 3 bilhões restantes, mas deu a entender que ficariam a cargo do setor privado e dos “parceiros”.

– A banda larga é tarefa do governo e das empresas que atuam no setor – afirmou.

A presidente Dilma já está ciente do descumprimento, por parte de algumas empresas, das metas de implantar a banda larga em todas as escolas públicas do país.

– Vamos ter uma conversa séria com as empresas – afirmou Bernardo.

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Segundo o ministro, as informações foram levadas à presidente por meio de relatório preliminar da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ontem, o secretário-executivo do ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, disse ainda que a Anatel constatou que as concessionárias não cumpriram o acordo acertado nas metas de universalização vigentes de levar banda larga para cerca de 60 mil escolas públicas em todo o país em troca dos postos de serviços telefônicos.

As empresas tinham de levar conexão com velocidade de 1 Mbps até 31 de dezembro de 2010 e aumentá-la para 2 Mbps a partir de 1º de janeiro de 2011, mas só CTBC e Sercomtel teriam cumprido 100% da obrigação.