Presidentes dos maiores bancos centrais do mundo iniciaram neste domingo reuniões no Banco de Compensações Internacionais (BIS) para avaliar como resgatar a economia da pior crise em 60 anos. A constatação é de que a crise deixou de ser um problema dos países ricos e já atinge a todos os emergentes.
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Os chefes dos BCs de vários países, entre os quais o Brasil, se mobilizaram para tentar encontrar formas de evitar um calote generalizado entre os países em desenvolvimento e restabelecer as linhas de crédito.
Todos os esforços estão concentrados em uma só direção: recolocar o sistema financeiro para funcionar e evitar a quebra de economias vulneráveis. Só o financiamento à exportação no mundo caiu em mais de 50%, assim como as demais linhas de crédito.
Só o Brasil perdeu US$ 100,8 bilhões dos bancos estrangeiros desde o início da crise. O financiamento do mundo em desenvolvimento diante da crise será levado pelos países emergentes à reunião do G-20, em abril.
Para evitar defaults generalizados, uma proposta debatida foi a de criar uma emissão especial de papéis do Fundo Monetário Internacional (FMI) no mercado internacional, na forma de Direitos Especiais de Saque (SDR, sigla em inglês). O lançamento seria de US$ 250 bilhões, alimentando um novo fundo para sair em socorro de governos.
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No caso do Brasil, o governo estima que está conseguindo preencher a lacuna com suas reservas. O BC estima que já gastou US$ 13,6 bilhões para financiar as exportações e que a queda das vendas para o exterior já não são resultado da falta de créditos, mas da própria crise econômica nos mercados de destino dos produtos nacionais.