Os países da América Latina deveriam universalizar seu sistema de previdência para que os trabalhadores informais também possam contribuir e assegurar sua aposentadoria, sugere um novo relatório do Banco Mundial (BM). O documento insiste também nas vantagens de programas de assistência social, como o Bolsa Família, que conseguiram, com um investimento público relativamente baixo, reduzir a pobreza e a desigualdade.

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– Infelizmente o sistema de pensões contributivas só é possível para pessoas que estão no setor formal – disse Helena Ribe, co-autora do relatório que busca “uma proteção social eficaz para todos na América Latina e no Caribe”, divulgado hoje.

Helena destacou que como o setor informal é “tão amplo” na América Latina, há muitas pessoas que “não têm a oportunidade” de contribuir. A co-autora reconhece que não se trata de algo fácil e que as reformas implicariam em um compromisso político.

Mesmo assim, insiste na ideia de que um novo sistema ajudaria a melhorar a situação social na região. Helena acrescentou que se trata de “um princípio de solidariedade” que implica um compromisso fiscal e que levará tempo, mas que permitiria a todos ter “uma velhice digna”.

Sobre programas como o Bolsa Família, Helena disse que “o custo é de 0,5% ou 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) apesar de cobrir uma grande quantidade de pessoas”. Em sua opinião, trata-se simplesmente de uma questão de estabelecer “prioridades” no gasto público, “se a prioridade será dada aos subsídios de energia e transporte, entre outros, ou a programas desta natureza”.

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