O Banco Mundial (BM) reafirmou nesta segunda-feira seu pessimismo sobre a economia global em curto prazo, que, segundo sua previsão, vai contrair 2,9% neste ano, apesar dos sinais de recuperação em alguns países, segundo um relatório divulgado nesta segunda. Há dez dias, o organismo tinha declarado uma possível contração de 3% para 2009 e hoje deu mais detalhes de sua previsão, que vê um ano muito difícil, especialmente para os países ricos.

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Seus cálculos contrastam com os do Fundo Monetário Internacional (FMI), que costuma ser a instituição mais pessimista, mas que nesta ocasião prevê uma contração mundial mais leve, de 1,7%, para este ano. Os mercados reagiram negativamente aos números divulgados hoje pelo BM. O preço do petróleo caiu durante o pregão em Nova York.

Em 2010, o BM prevê a volta ao terreno positivo, com um crescimento global de 2%, que subirá para 3,2%, em 2011. Os que mais sofrerão serão os países desenvolvidos, com reduções de 4,2% na economia este ano. O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cairá 6,8%, o da zona do Euro 4,5% e o dos EUA 3%, segundo seus cálculos. Em comparação, os países em desenvolvimento crescerão 1,2% em 2009, depois dos 5,9% do ano anterior.

Mas os números positivos se devem ao vigor da China e Índia. O mundo em desenvolvimento registrará uma contração do 1,6%, segundo o relatório. Na América Latina, a recessão será mais profunda, com queda de 2,3% na economia, enquanto em 2010 voltará a crescer 2%, de acordo com os cálculos do BM. Nessa região, só se salvarão da recessão este ano Belize, Bolívia, Guatemala, Honduras, Guiana, Panamá, Uruguai e, especialmente, o Peru, que com um crescimento de 3% será o líder da zona.

O México enfrentará uma contração mais profunda, com uma perda de 5,8% de seu PIB este ano, segundo o BM. No Brasil a contração será de 1,1% e na Argentina de 1,5% . A região voltará a crescer no próximo ano, junto com o resto do mundo, embora alcance um nível de crescimento menor que a média nos países de desenvolvimento, que será de 4,4% em 2010 e de 5,7% em 2011.

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