O Banco Mundial (BM) disse hoje que os países emergentes enfrentam um déficit de financiamento de até US$ 700 bilhões este ano, e advertiu de que os organismos multilaterais não podem cobrir sozinhos essa brecha. Combater o problema exige a colaboração das instituições multilaterais, assim como dos governos de países desenvolvidos e em desenvolvimento e do setor privado, afirmou um estudo do organismo publicado neste domingo.
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No relatório, a entidade previu que o Produto Interno Bruto (PIB) global registrará contração este ano pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. Os dados concretos da esperada retração serão publicados no final do mês em um relatório que será divulgado antes da reunião conjunta do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que será realizada em abril em Washington.
As últimas previsões do BM divulgadas em dezembro previam um crescimento global de 0,9% para este ano. O organismo indicou também que a produção industrial global pode ser até 15% menor em meados de 2009 frente aos níveis do ano passado. O agravamento da crise coloca em uma situação crítica os países emergentes, segundo o Banco Mundial, que ressaltou que o déficit de financiamento dessas nações poderia oscilar entre US$ 270 bilhões e US$ 700 bilhões.
O organismo assegurou que mesmo se o rombo de financiamento se situasse na parte inferior desse espectro, as entidades financeiras não teriam recursos suficientes para ajudar esses países.
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