O banco Barclays anunciou nesta segunda-feira a demissão do seu presidente, Marcus Agius, e afirmou que fará uma auditoria independente em todos os seus negócios. Agius é acusado de participar de um grupo que distorceu artificialmente a taxa Libor, referência de juro no mercado interbancário em Londres.
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Na semana passada, o banco, que tem sede em Londres, concordou em pagar 290 milhões de libras (US$ 452 milhões) para encerrar uma investigação das autoridades britânicas e americanas sobre suposta manipulação de taxas interbancárias de juros por operadores. Agius assumiu responsabilidade pela multa.
“Como presidente, eu sou o último guardião da reputação do banco. Assim, a responsabilidade é minha”, disse o executivo, em comunicado.
O FBI e o Departamento de Fraudes Sérias do Reino Unido estão conduzindo inquéritos junto a funcionários do banco acusados por reguladores de distorcerem artificialmente a taxa. Ao prestar esclarecimentos, o Barclays admitiu que executivos tentaram manipulá-la.
Ainda não está claro se a saída de Agius será suficiente para recuperar a imagem do banco e desviar a pressão sobre Robert Diamond, chefe executivo do Barclays, que também enfrentou pedidos por sua renúncia.
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Após o anúncio da saída de Agius, as ações do Barclays subiam 1,8% na Bolsa de Londres (às 4h05, horário de Brasília).
As informações são da Dow Jones.