O Banco do Japão (BOJ) decidiu hoje manter as taxas de juros em 0,1%, e advertiu que a deflação supõe um “desafio crítico” para a economia e é necessário retomar o crescimento com estabilidade de preços.
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Ao término de sua reunião mensal de dois dias, o conselho de governadores do banco central japonês anunciou a manutenção dos juros para respaldar a recuperação e insistiu em que, apesar da melhora da economia, ainda é necessário impulsionar a demanda privada.
Em seu relatório sobre política monetária, emitido no final do encontro, o BOJ afirma que o ritmo de recuperação será “moderado” até a primeira metade do ano fiscal de 2010, que começa em abril.
Depois, espera-se que “as melhoras no setor empresarial graças às exportações se estendam aos lares”, com o que previsivelmente “o ritmo de crescimento econômico aumentará gradualmente”.
No que se refere aos preços, o BOJ espera que a inflação a médio e longo prazo se mantenha estável e que a deflação anualizada se “modere” com a diminuição do efeito das variações no preço do petróleo.
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A instituição reconhece que é “um desafio crítico” para a economia do Japão superar a deflação e alcançar um crescimento sólido com preços estáveis.
O Conselho de Governadores insiste em que “não tolerará uma variação anualizada do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) igual ou abaixo de zero”. Por isso, seu objetivo é “manter um ambiente financeiro extremamente flexível”.
No início de dezembro, o BOJ decidiu fornecer 10 trilhões de ienes (77 bilhões de euros) ao sistema financeiro a uma taxa de 0,1% durante três meses para lutar contra a deflação.
O Japão atravessa uma “fase deflacionária suave”, segundo o governo, com descensos do IPC durante oito meses consecutivos.
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A segunda economia mundial saiu da recessão no segundo trimestre deste ano, com o crescimento de 2,3% de seu Produto Interno Bruto (PIB), e mantém os em 0,1% há doze meses.