Os dirigentes de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) concluíram em sua reunião do mês passado que a decisão do Reino Unido de votar por sua saída da União Europeia, em plebiscito realizado em junho, não irá reverter o processo de recuperação econômica da zona do euro. A avaliação está no relatório mensal do banco central alemão, divulgado nesta segunda-feira.
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No documento, o Bundesbank, como é conhecido o BC alemão, destaca que o conselho diretor do BCE “chegou à conclusão de que o cenário base de contínua recuperação econômica e avanço gradual das taxas de inflação na zona do euro se mantém intacta”.
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Na reunião de 21 de julho, o BCE decidiu manter suas principais taxas de juros inalteradas e seu presidente, Mario Draghi, foi comedido na promessa de novos estímulos. Segundo Draghi, ainda era muito cedo para determinar o impacto do chamado “Brexit” e os mercados financeiros mostraram uma “resistência encorajadora”. Na ocasião, Draghi também anunciou ainda que o BCE vai reavaliar a situação no encontro de setembro, quando a instituição terá novas projeções econômicas.
No começo de agosto, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) respondeu à vitória do Brexit com agressivas medidas de estímulos, que incluíram um corte de juros e a ampliação de seu programa de compras de bônus do governo.
Na visão do Bundesbank, os efeitos do Brexit para a Alemanha provavelmente ficarão “dentro de limites estreitos, pelo menos no curto prazo”. O Bundesbank também previu que a Alemanha deverá continuar crescendo durante o verão do hemisfério norte, uma vez que as expectativas das empresas alemãs foram apenas levemente prejudicadas pelo plebiscito britânico.
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Fonte: Dow Jones Newswires.