O Banco Central (BC) oficializou nesta segunda-feira a intervenção no Banco Cruzeiro do Sul e em outras quatro empresas do grupo, por meio do mecanismo conhecido como Regime de Administração Especial Temporária (Raet), pelo prazo de 180 dias. Durante esse período essas empresas serão administradas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Continua depois da publicidade
Além do banco, a intervenção atinge a corretora de valores, a administradora de valores mobiliários (DTVM), a securitizadora de créditos financeiros e a Cruzeiro do Sul Holding Financeira. O BC informou que essa medida se deve ao descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e à verificação de “insubsistência” em itens do ativo do banco.
Por meio de nota, o BC informou que a intervenção no banco Cruzeiro do Sul não afeta o andamento dos negócios da instituição, “que continua a funcionar normalmente, podendo realizar todas as operações para as quais está autorizada”. Segundo o BC, “em consequência, é preservada a relação dos credores e dos devedores com a instituição.” Assim, tanto os compromissos de terceiros com a instituição quanto as suas dívidas continuam a vencer nos prazos originalmente contratados”, diz o BC.
As operações do banco estão concentradas nas duas agências de São Paulo e do Rio de Janeiro, possuindo mais seis agências localizadas em Campinas (SP), Salvador (BA), Recife (PE), Belém (PA), Macapá (AM) e Palmas (TO).
Segundo o BC, por meio do regime especial a autoridade monetária substitui os dirigentes da instituição por um conselho de diretores ou por uma pessoa jurídica especializada, “com a finalidade de corrigir procedimentos operacionais ou de eliminar deficiências que possam comprometer seu funcionamento”.
Continua depois da publicidade