Apesar da atuação do Banco Central no mercado de câmbio na manhã desta segunda-feira, o dólar chegou ao patamar de R$ 2,40 logo após o meio-dia. Às 12h20min de hoje, o dólar estava em R$ 2,4006, uma alta de 0,41% em relação ao fechamento do pregão na semana passada.
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Na sexta-feira a moeda americana terminou o dia em R$ 2,3960, acumulando uma alta de 5,28% na semana. Para tentar suavizar a escalada da moeda americana , o BC fez mais um leilão de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. No leilão desta manhã, foram ofertados 40 mil contratos, com duas datas de vencimento.
Além da operação de hoje, o BC deu continuidade ao processo iniciado na sexta-feira passada de rolagem (renovação) de contratos que venceriam em setembro. Na operação foram ofertados e negociados 20 mil contratos, no total de US$ 986,1 milhões.
Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.
A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano caso a economia americana continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.
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Nos últimos meses, o governo brasileiro tem adotado medidas para conter a valorização do dólar. Além de vender dólares no mercado futuro, o BC retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos. A equipe econômica também retirou barreiras à entrada de capitais estrangeiros no país. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro também ficou isenta de IOF.