O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) confirmou nesta semana que o selo de Indicação Geográfica (IG) da “Banana Mais Doce do Brasil” é de Corupá e região. A confirmação da IG foi feita pelo INPI à Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), depois que a consulta pública não obteve qualquer questionamento sobre o pedido de registro.

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O registro da Indicação Geográfica de “Banana Mais Doce do Brasil” para Corupá, Jaraguá do Sul, Schroeder e São Bento do Sul deve ser publicado na próxima terça-feira, 28 de agosto, na Revista da Propriedade Industrial do INPI destacando que a banana produzida na região é diferenciada das outras produzidas no País.

O trabalho para o reconhecimento da banana da região de Corupá como a mais doce do Brasil foi desenvolvido ao longo de 12 anos, tendo começado com a Asbanco e depois recebeu a consultoria do Sebrae/SC e o parceria com as cidades de Jaraguá do Sul, Schroeder e São Bento do Sul. Com o slogan “Doce por Natureza”, a intenção é diferenciar a banana produzida na região de Corupá das demais, devido ao clima e ao relevo que trazem características únicas à fruta.

A exemplo de outros produtos no mundo, o selo de Indicação Geográfica destaca a qualidade superior da fruta local. A certificação dá início a uma nova fase na bananicultura, especialmente na comercialização do produto com boa expectativa de valorização maior da banana no mercado.

Para o prefeito de Corupá João Carlos Gottardi, por meio da aquisição do selo de Indicação Geográfica (IG) da banana e de seis produtos à base da fruta, o prefeito comenta que Corupá e região passarão a agregar valor econômico à banana, beneficiando produtores e empresas que trabalham com a fruta.

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Atualmente, o Brasil é o quinto produtor mundial da banana, tendo Santa Catarina como o terceiro Estado produtor nacional. A região de Corupá é a maior produtora estadual, representando 40% do total, com 1.087 famílias de bananicultores, gerando mais de 5 mil empregos diretos.

Como chegou-se à IG

Desde 2014, os produtores de banana de Corupá por meio da Asbanco em parceria com o Sebrae lideram movimento na região para a busca do selo de Indicação Geográfica (IG), do Ministério da Agricultura. Com o slogan “Doce por Natureza”, foram realizados estudos e levantamentos para comprovar que a fruta produzida na região de Corupá é a mais doce do Brasil e que foram concluídos no final de 2016 e agora comprovados pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O grande diferencial da banana da região de Corupá é o sabor da fruta, que é mais doce do que as demais produzidas em outras regiões do País. O sabor se deve à combinação de clima, relevo e temperatura da região. Com um tempo maior para se desenvolver e amadurecer, a fruta acumula mais minerais e açúcares tornando a banana região de Corupá muito mais doce.

Segundo a diretora executiva da Asbanco Eliane Cristina Müller, a Indicação Geográfica será um fator determinante para adquirir vantagem econômica para a produção da região, proporcionando uma posição de destaque da região de Corupá no cenário comercial do País. “O reconhecimento pode se constituir como uma importante ferramenta para o desenvolvimento da região, pois permitirá o crescimento de todo o território seja por meio do turismo ou pela promoção de novos produtos e serviços”, acrescenta.

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Entenda o conceito de Indicação Geográfica

As Indicações Geográficas são reconhecidas há muito tempo em países com grande tradição na produção de vinhos e produtos alimentícios, como França, Portugal e Itália. No Brasil, foi introduzida com a promulgação da Lei Propriedade Intelectual em 1996.

O termo “indicação geográfica” é firmando quando produtores, comerciantes e consumidores começaram a identificar que alguns produtos de determinados lugares apresentavam qualidades particulares, atribuíveis à sua origem geográfica, e começaram a denominá-los com o nome geográfico que indicava sua procedência.

Os produtos que apresentam uma qualidade única, explorando as características naturais, tais como geográficas (solo, vegetação), meteorológicas (clima) e humanas (cultivo, tratamento, manufatura), e que indicam de onde são provenientes são bens que possuem um certificado de qualidade atestando sua origem e garantindo o controle rígido de sua qualidade.

Alguns exemplos envolvendo produtos de notável qualidade e, certificados e identificados com indicações geográficas, são os vinhos tintos da região de Bordeaux, os presuntos de Parma, os queijos Roquefort, entre outros.

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