A partir deste sábado, o futuro do tênis mundial estará em Itajaí. A cidade recebe a 43ª edição do Banana Bowl, o mais tradicional torneio infanto-juvenil do país, com atletas de 24 nações se revezando nas quadras do Itamirim Clube de Campo. As disputas começam na categoria 12 anos, já às 8h30min da manhã. Na principal categoria, para atletas até 18 anos e que conta pontos para o ranking mundial, tenistas de 24 países já confirmaram presença no torneio.
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Sexta-feira, dezenas de tenistas já treinavam nas quadras do Itamirim. Mas os principais atletas ainda não chegaram, já que o fim de semana será dedicado para as disputas do qualifying e os melhores ranqueados entram direto na competição. É o caso do italiano Giuanluigi Quinzi, terceiro colocado no ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF) e do norte-americano Spencer Papa, atual campeão da categoria.
Será a terceira vez que a competição acontece na sede do Itamirim. O diretor do torneio, Paulo Moriguti, elogiou a estrutura do clube.
_ O Itamirim é o local ideal para fazermos o Banana Bowl. Além da excelente infraestrutura, com ótimas quadras, o público sempre comparece em grande número para prestigiar as partidas _ comenta.
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Quem está pela terceira vez também é a seleção japonesa que disputará a Copa Davis na categoria júnior, em abril. Com atletas com idade até 16 anos, o técnico Ko Iwamoto diz que não vem apenas para treinar e, sim, para tentar conquistar o título.
_ A competição aqui é muito boa, pela estrutura e principalmente por jogarmos em piso de saibro. No Japão não temos quadras assim, principalmente agora que é inverno e tem muita neve. Então disputar aqui no Brasil ajuda muito _ comentou o treinador.
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Um desafio para Beatriz Haddad Maia, uma das melhores tenistas brasileiras no ranking mundial. Mesmo com 16 anos, ela já vai estrear na chave principal, sem precisar participar do classificatório.
_ Não só eu, mas todas as meninas têm o sonho de ganhar porque faz muito tempo que uma brasileira não ganha. Ainda mais jogando em casa, vamos jogo a jogo, ponto a ponto e ver o que dá _ disse a atleta, que mora em Balneário Camboriú.
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Com apenas 16 anos, João chega com currículo de ter vencido competições nacionais para atletas até 18 anos em 2012. O atleta, que é natural de Uberaba (MG), está há dois meses em Itajaí.
Para ele, disputar um torneio tão forte como esse em casa traz mais confiança. _ A gente já conhece a quadra, sabe que a bolinha corre menos porque estamos no nível do mar e estamos acostumados com o clima _ comenta. Para ele, o principal objetivo de quem disputa o Banana Bowl, além do título, é somar pontos no ranking. _ Sabemos que pela posição que nos encontramos no ranking, não somos favoritos. Mas a competição é fundamental para quem quer pontuar no ranking.
Alexandre disputará o Banana Bowl pela última vez e espera surpreender. Natural de São Paulo, ele foi contratado pelo Itamirim em julho do ano passado, ele prevê disputadas equilibradas.
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_ Pelo o que a gente viu em outros torneios da categoria, o nível está muito equilibrado. Na semana passada, a gente participou de um campeonato em que 90% das partidas foi decidida no set desempate _ exemplifica.
Quem sabe, os tenistas de hoje ganhem a mesma projeção nacional que dezenas de outros que já passaram pelo Banana Bowl. Entre eles, John McEnroe, Ivan Lendl, Andy Roddick, Jo-Wilfried Tsonga, Fernando Meligeni, Gustavo Kuerten, Gabriela Sabatini, Svetlana Kuznetsova, Dominika Cibulkova e Ana Ivanovic.