A balsa que fará a travessia dos caminhões da Rota do Milho pelo rio Paraná, entre o porto 7 de Agosto, em Carlos Antônio Lopez, no Paraguai, e Porto Piray, na Argentina, foi deslocada nesta sexta-feira, de Porto Iguaçu até o local da passagem. A barca saiu de Porto Iguaçu pela manhã mas não tinha chegado até o final da tarde. Estava prevista uma solenidade com autoridades do Brasil, Argentina e Paraguai, para a recepção do equipamento, que tem capacidade para 17 caminhões.
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O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, que é presidente do Bloco Regional dos Intendentes, Prefeitos, Alcaldes e Empresários do Mercosul, está acompanhando os atos oficiais. Ele informou que, como escureceu a balsa ficará em Eldorado e deve chegar em Piray entre 8h e 8h30.
Também está acompanhando a instalação da balsa o coordenador adjunto do Núcleo de Fronteira de Santa Catarina, Flávio Berté. Ele destacou que houve uma demora nas licenças da balsa, além de algumas adaptações e também no trâmite para autorizar a passagem dos caminhões do Paraguai pela Argentina.
A previsão é de que em 30 a 40 dias será feito o transporte inaugural da Rota do Milho, que vai reduzir para 350 quilômetros a distância de Chapecó até Naranjal, no Paraguai, que atualmente é de 540 quilômetros.
Também é um alternativa em relação ao Mato Grosso do Sul, que fica a mil quilômetros, e Mato Grosso, a dois mil quilômetros, onde há muito milho e a preço baixo, mas com custo de frete quase mais caro que o produto. O milho no Mato Grosso está a R$ 22 a saca de 60 quilos mas chega em Santa Catarina a mais de R$ 40,00.
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No ano passado Santa Catarina produziu 2,5 milhões de toneladas de milho teve que buscar em outros estados e até em outros países 3,6 milhões de toneladas de milho, para dar conta da alimentação de suínos, aves, que são os principais produtos de exportação do estado.
– Nossa estimativa é que passem pela rota três a quatro mil carretas por mês. Mas para isso precisamos melhorar a estrutura da aduana de Dionísio Cerqueira, terceirizando a gestão. Além disso a fiscalização do Ministério da Agricultura poderia ser feita na origem das cargas, no Paraguai, lacrando as cargasm para agilizar a passagem na fronteira – disse Berté.
A vice-governadora Daniela Reinher, o secretário da Agricultura Ricardo de Gouvêa e parlamentares de Santa Catarina já estiveram em Brasília em fevereiro solicitando apoio nessas demandas.