Protagonista de alguns dos momentos mais marcantes da vitória da Itália sobre o México por 2 a 1, Mario Balotelli viveu uma tarde de vilão vaiado e xingado e, minutos depois, de novo ídolo das torcidas brasileira e italiana, neste domingo à tarde, no Maracanã.
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Na saída da zona mista, caminho que os jogadores fazem do vestiário até os ônibus das delegações, passou sorrindo pela imprensa, que o perseguiu pelo labirinto armado pela organização. A equipe de reportagem do LANCE!Net também o abordou em uma das curvas…
– Você gostou dos fãs brasileiros? – foi a pergunta, em inglês.
Balotelli fez sinal positivo, escancarou os dentes e respondeu:
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– Very much! (Muitíssimo!).
E só. Continuou andando sem olhar para trás.
Momentos antes, o atacante do Milan (ITA), de 22 anos, havia sido substituído por Gilardino e deixado o campo do Maracanã ovacionado pelas torcidas brasileira e italiana, que gritavam “Ah, é Balotelli!”. Foi uma espécie de agradecimento pelo gol que decidiu a vitória da Itália, após receber passe do meia Giaccherini e ganhar do zagueiro mexicano Rodriguez no duelo de corpo.
O corpo que ele exibiu ao tirar a camisa na comemoração, o que provocou um justo cartão amarelo, aplicado pelo árbitro chileno Enrique Osses.
– Espero que ele faça mais gols, mas que não tire mais a camisa. Queremos tê-lo em campo sempre até o fim do torneio – disse o meia Montolivo, também companheiro do Milan (ITA), lembrando que um segundo cartão amarelo vai suspendê-lo por um jogo na Copa das Confederações.
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Capitão da seleção, Buffon também passou a mão na cabeça do atacante.
– Outros também são advertidos, recebem cartão, então não há porque reclamar. Ele fez um gol importante, merece elogios – disse o goleiro.
Curiosamente, o reconhecimento veio depois de o atacante ter sido xingado momentos antes. Ouviu os gritos de “Balotelli, viado!” repetidas vezes porque esperneou, pedindo pênalti em lance que caiu na área com esbarrão do mesmo Rodriguez.
Nesta segunda-feira, Balotelli terá a manhã livre para curtir o hotel onde está hospedado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, ou para visitar mais um cartão postal do Rio de Janeiro, como fez na semana passada, ao ir com outros jogadores e com o técnico Cesare Prandelli. Provavelmente, receberá cumprimentos de quem cruzar com ele.
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Balotelli, enfim, apresentou-se à torcida brasileira como gosta. Fazendo gols, sem polêmica. Por enquanto.