

Os usuários de Balneário já contribuem com a preservação do Rio Camboriú há seis anos, quando a Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) autorizou, em uma iniciativa inédita no país, esse tipo de cobrança.
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Hoje, cada consumidor paga menos de R$ 1 para manter o meio ambiente, mas o valor não aparece registrado na conta. O dinheiro arrecadado vai para o projeto Produtor de Água, um projeto-piloto que beneficia financeiramente os agricultores que se comprometem a recuperar a mata ciliar.
São 17 produtores inscritos, que respondem por 520 hectares de área de conservação ambiental e 39 hectares em processo de restauração. Cada propriedade recebe auditorias periódicas para comprovar o bom uso do recurso.
Com a mudança na conta de água, a Emasa também passará a fazer prestações de conta específicas sobre esse valor à Aresc. O que sobrar da arrecadação é devolvido ao usuário, em forma de desconto na tarifa de água.
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Silvio Cesar Rosa, gerente de Regulação da Aresc, diz que o investimento no manancial trará economia ao longo do tempo. Conforme as margens forem recuperadas e os danos ao rio diminuírem, a tendência é que o custo do tratamento também reduza _ e, consequentemente, o valor da conta de água.
Exemplo
O projeto Produtor de Água desenvolvido em Balneário Camboriú teve como inspiração uma proposta semelhante que já funciona há 20 anos em Nova York. O modelo made in Brasil já começa a interessar a outros países também. Costa Rica e Peru conheceram o Produtor de Água e vão implementar iniciativas semelhantes.
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