Em 20 dias, Balneário Camboriú registrou cinco homicídios. Apesar de as ocorrências do gênero serem mais comuns nesta época do ano, as polícias Civil e Militar admitem que os números deste início de 2013 surpreenderam.

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O último caso foi na noite de domingo, quando Eduardo André de Souza, 19 anos, conhecido como Dudu, foi encontrado morto no Bairro Vila Real. O delegado chefe da Divisão de Investigações Criminais (DIC) da cidade, Osnei Valdir de Oliveira, confirma que o número é considerado alto, mas diz que não é possível achar um motivo para este aumento.

– Foi um início de ano atípico. Com exceção dos dois últimos, os crimes não têm relação uns com os outros.

Segundo Osnei, Dudu teria sido o mandante do assassinato de Alexandre Roda Sanches, 33 anos, na última quinta-feira (o quarto homicídio do ano). Por isso, o motivo do crime da noite de domingo seria vingança. Dudu foi atingido por cinco tiros disparados por dois homens que estavam em uma Honda Biz preta, na Rua Armazém, por volta das 23h15. A vítima tinha passagem por tráfico de drogas.

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– Já temos alguns suspeitos, mas não podemos divulgar para não atrapalhar a investigação – contou o delegado.

Osnei comentou também que as investigações dos outros três crimes estão bem adiantadas. O primeiro deles foi a morte do taxista José Luis Aires Souza, de 30 anos, logo depois do réveillon. Ele foi encontrado dentro do próprio carro com várias perfurações pelo corpo, na Rua 2.000.

– Estamos analisando as imagens das câmeras de vigilância de um prédio próximo ao local – informou o delegado.

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O segundo homicídio foi do jovem José Alberto Medeiros, 19 anos, na Rua Jordânia, no Bairro das Nações. O terceiro foi na Avenida Atlântica, no dia 11 de janeiro, na altura da Rua 1.100, depois de uma briga. O delegado diz que está próximo de identificar os autores de cada um dos crimes.

O tenente Tiago Teixeira Ghilardi disse que a Polícia Militar intensificou o trabalho de prevenção, mas crimes como estes são difíceis de prever.

– Temos pelo menos três barreiras móveis, que se revezam em todos os bairros, e duas fixas. Elas ajudam na diminuição de crimes, mas a maioria destes homicídios foram premeditados, pensados com antecedência.

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