Balneário Camboriú recorreu ao Exército para controlar a proliferação do Aedes aegypti. Caso a solicitação feita na semana passada seja aceita pelo Ministério da Defesa, a expectativa é que cerca de 40 militares cheguem na cidade após o Carnaval. A ideia é que os profissionais integrem-se aos agentes comunitários de saúde e auxiliem nas vistorias às residências e na conscientização da população.

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O coordenador da Sala de Situação e diretor da Defesa Civil do município, Diogo Catafesta, garante que a infestação está controlada na região, mas como o governo federal sinalizou com a possibilidade de envio de reforço, a prefeitura considerou prudente fazer a solicitação. O pedido foi encaminhado primeiramente à Sala de Situação do governo do Estado, responsável por repassar a demanda às Forças Armadas. Em contrapartida, o município oferece alojamentos, caso os

militares precisem.

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– Vamos aguardar a resposta da Capital e do governo federal para ver se temos necessidade. Se eles vierem para Balneário, vão fazer o trabalho mais rápido e eficientemente – avalia.

8 mil imóveis fechados

Até agora, já foram vistoriados 26 mil imóveis em Balneário Camboriú. Cerca de 8 mil estavam fechados e os proprietários de 250 negaram o acesso dos agentes. Catafesta explica que quando não há ninguém no imóvel, um recado é deixado na porta, solicitando que o proprietário entre em contato e avise o melhor horário da visita. Em relação aos que não autorizaram o acesso, o diretor é enfático:

– Vamos tratar esses casos de outra forma, pois eles não podem negar nossa entrada. Nós podemos, mas não queremos usar a força – advertiu.

No ano passado, o 23° Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro, de Blumenau, prestou apoio a Itajaí. Na época foram deslocados 30 homens. Os militares atuaram junto com os agentes de endemia – que já trabalhavam na busca por possíveis focos do Aedes aegypti – e na aplicação de inseticida nas regiões em que foi detectada

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a transmissão do vírus.

Situações opostas em Itajaí e Itapema

Até o dia 28 de janeiro, os agentes epidemiológicos em Itajaí vistoraram mais de 43 mil imóveis em 13 dias de trabalho. As visitas são feitas por agentes comunitários e de endemias.

O primeiro ciclo de vistorias aos imóveis em áreas de infestação iniciou no dia 12 de janeiro e deve ser concluído até 12 de fevereiro. Um segundo ciclo de inspeções será feito até 11 de março, com repetições bimestrais entre a segunda quinzena de março e junho de 2016.

Inicialmente, a meta era vistoriar 57 mil imóveis por ciclo, considerando as vistorias em prédios até o terceiro andar, no Centro, e nos oito bairros infestados – Cordeiros, São Vicente, Cidade Nova, Barra do Rio, São João, São Judas, Vila Operária e Fazenda. No entanto, o município decidiu verificar a totalidade dos imóveis verticalizados, o que aumentou a demanda para cerca de 62,4 mil residências.

Em Itapema, a maior dificuldade é conseguir acesso aos imóveis fechados, já que muitos são alugados ou de proprietários que visitam a cidade apenas uma vez ao ano, avalia a coordenadora da Vigiância Epidemiológica, Richelle Caroline dos Santos.

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Até agora, 6 mil imóveis já foram vistoriados e a meta é atingir 28 mil endereços.