Espaços coletivos com foco na gastronomia não são mais novidades para Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina. A cada ano, no entanto, eles se reinventam e consolidam o turismo da cidade 356 dias por ano.
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No meio dos prédios da área central da cidade, os espaços se tornam “oásis” que atendem mais de 70 mil pessoas mensalmente, durante a baixa temporada, e mais de 80 mil durante o verão.
O mais antigo deles é o Passeio San Miguel, na Avenida Brasil, a uma quadra da Praia Central. Negócio de família, surgiu após viagens internacionais e fez a família mudar de área: saíram da construção civil para administrar o boulevard. Em 2023, o local completou dez anos de operação.
Além da operação gastronômica (com 10 estabelecimentos) o passeio reúne também arte, trazendo música ao vivo diariamente.
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— As pessoas podem chegar aqui e decidir o que elas querem comer — afirma a gerente de marketing do local, Ana Maria Furtado. Ela afirma também que o boulevard cumpre um papel comunitário e colaborativo.
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— É uma experiência. É um espaço onde as pessoas vêm e agrada a todos — conta.
Para Marcio Casadei, gerente de operações PZ Ecomall, outro hub gastronômico em meio aos prédios de Balneário Camboriú, espaços assim são um respiro em meio à cidade movimentada.
— A operação aqui começa cedo, então as pessoas vêm, tomam café, conectam os computadores, fazem suas reuniões. Podem almoçar, fazer o happy hour, tudo aqui — conta.
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O PZ também é uma operação paralela de uma construtora, que pretende incorporar o hub aos empreendimentos futuros em Camboriú e em Sinop, no Mato Grosso. Mas é em Balneário Camboriú que fica a “âncora”.
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— Balneário Camboriú já é um centro comercial, de negócios. E a gente precisa deste espaço onde as pessoas podem vir, confraternizar em volta de uma mesa, sem ser num shopping center ou em um restaurante fechado.
Arte urbana e renovação do espaço
O cobiçado espaço entre a Avenida Atlântica e a Brasil, tomado por prédios, teve por anos um empecilho: um beco, que servia apenas como estacionamento e se tornava palco de violência e crime. Mas uma semente de arte ajudou a transformar o Beco do Brooklyn em um espaço comunitário que une gastronomia e arte, bem no Centro da cidade.
Segundo Gustavo Vedana de Souza, designer de experiência e uma das muitas mentes por atrás do projeto, explica que a ideia era vitalizar a rua, criando um espaço onde fosse possível agregar a arte (que já estava lá muito antes dos comércios) e movimentar a cidade.
O beco era onde artistas de rua faziam murais, e onde, quando chovia, aconteciam as batalhas de rap que têm como palco principal a Praça Almirante Tamandaré. Desta semente, se criou uma galeria a céu aberto, com apoio do projeto Open Street Gallery e artes de artistas renomados. O nome, Beco do Brooklyn, nasceu nesta fase, em homenagem ao bairro homônimo de Nova Iorque, berço do rap.
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Depois disso, nasceu o Brooklyn Street Market, que agrega bares e restaurantes com a proposta de “mercado de rua”, como o próprio nome diz.
— A ideia é que não tenha limite entre o que é público e privado. A calçada é ativa, a rua se torna viva. A intenção foi sempre colocar o holofote na arte urbana que já estava ali — afirma Gustavo.
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