A espera por uma consulta cardiológica na rede pública de Balneário Camboriú deve começar a diminuir a partir desta terça-feira. Mais de quatro mil pessoas estão na fila para receber atendimento, porém somente neste mês a prefeitura conseguiu finalizar a contratação de uma empresa para oferecer o serviço. Em outubro, também venceu o prazo de 150 dias dado pelo Ministério Público para que o município zerasse a fila de espera por cardiologistas.
Continua depois da publicidade
Leia mais notícias sobre Saúde
Curta nossa página no Facebook
As consultas vão ocorrer em uma clínica particular no bairro Pioneiros, que venceu a licitação – a prefeitura precisou fazer cinco processos licitatórios até que uma empresa fosse anunciada. O contrato de um ano prevê um investimento de R$ 519 mil, que inclui três mil consultas, 150 exames de holter 24h, 900 ecocardiogramas transtorácicos e 150 mapas da monitorização da pressão arterial por 24h.
As consultas estão sendo agendadas em uma central de regulação localizada na secretaria de Saúde de Balneário. O paciente tem que ir até a central para autorizar a consulta e retirar o pedido para realizar um exame de eletrocardiograma, que deve ser entregue ao médico.
Continua depois da publicidade
– Isso vai facilitar na triagem da primeira consulta do cardiologista, que vai definir a patologia através do eletro, já iniciando o tratamento indicado para cada situação – explica o secretário de Saúde, Élcio Rogério Kuhnen.
O município também lançou um edital para contratar mais de cem médicos de diversas especialidades – seis vagas são reservadas para cardiologistas. As provas estão previstas para novembro e as atividades devem iniciar em janeiro de 2016.
Determinação é zerar fila de espera
Em maio deste ano, o MP obteve liminar que determinou que o município zerasse a fila de espera por atendimento cardiológico. Na época, mais de 3 mil pessoas estavam aguardando uma consulta. A ação civil pública foi ajuizada pela 6ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú.
Em maio, o promotor de justiça, Rosan da Rocha verificou em inquérito civil a existência de cerca de 1.450 pacientes aguardando a primeira consulta com cardiologista e outros 2.050 esperando a consulta de retorno, alguns desde o ano de 2013.
Continua depois da publicidade
A prefeitura alegou que foi necessário fazer cinco processos licitatórios para contratar uma empresa que prestasse o serviço. O motivo da demora seriam os recursos protocolados pelas concorrentes.
*Colaborou Bianca Ingletto, RBSTV