Compartilhar

Nesta segunda-feira completa uma semana que a baleia franca encalhou na praia de Itapirubá, em Laguna, no Sul de Santa Catarina. O cetáceo de quase 50 toneladas continua vivo e preso à areia, mesmo após uma tentativa de sacrifício por meio da aplicação de medicamentos sedativos e relaxantes.

Continua depois da publicidade

A resistência da baleia surpreende as expectativas do grupo de especialistas que monitora as condições de vida do animal. A baleia entrou em estado de choque na quinta-feira e ainda mantém sinais vitais – baixa frequência respiratória e dilatação na pálpebra do olho direito.

De acordo com a diretora de pesquisa do projeto Baleia Franca, Karina Groch, clinicamente, a baleia já deveria estar morta. O encalhe deve ter ocorrido porque o animal já estava doente e a falta de condições adequadas para sobrevivência aumentou ainda mais a debilidade no decorrer da semana. A parte mais comprometida, segundo a especialista, é a região ventral, enterrada na areia. Karina destaca que a baleia protagoniza um cenário sem precedentes de encalhes da espécie.

Continua depois da publicidade

– A sobrevivência por tanto tempo até nos faz pensar em uma situação de milagre. A missão de salvá-la é extremamente desafiadora – afirma Karina.

No domingo, os especialistas decidiram que praticariam novamente o procedimento da eutanásia. O grupo estuda medicamentos mais potentes e eficazes para abreviar o sofrimento da baleia.

Amostras de sangue devem ser coletadas no decorrer desta segunda-feira.