A baleia Jubarte que encalhou na manhã de quinta-feira (11) na praia de Ubatuba, em São Francisco do Sul, não resistiu e morreu durante a tarde. Segundo o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), o animal estava severamente debilitado e, apesar de ter sido acompanhado por horas, não resistiu.
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Durante o período em que os médicos veterinários acompanharam o animal, foi possível verificar que tratava-se de um macho, com 8,5 metros de comprimento, e que carregava diversos ferimentos.
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“O animal estava severamente debilitado, com o quadro irreversível, apresentando respiração fraca, não esboçava querer nadar, além de escoriações profundas em caudal e com vários ferimentos pelo corpo”, relatou o PMP-BS nas redes sociais.
Agora, as equipes técnicas do projeto se concentram no procedimento de necropsia do animal. Serão coletadas amostras biológicas com o objetivo de identificar a possível causa do encalhe e morte. Posteriormente, a carcaça do animal será enterrada na mesma praia do encalhe.
Para a retirada da baleia encalhada, foi necessário a mobilização de diversas equipes. Foram seguidas as diretrizes do Plano de Ação Nacional (PAN) para Atendimento a Encalhes de Grandes Cetáceos. Além do PMP-BS/Univille também participaram da operação a Polícia Militar Ambiental, o Corpo de Bombeiros Militar e a prefeitura de São Francisco do Sul, deu suporte com o maquinário para tirar o Jubarte da água e trazê-lo até a praia.
O que é PMP
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é um projeto regional concebido e executado para atender demanda dos processos de licenciamento ambiental da Petrobras na Bacia de Santos. A área de abrangência do projeto engloba os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro.
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Durante o monitoramento, todos os animais vivos encontrados pelas equipes de campo são avaliados para verificar se precisam de atendimento veterinário. Se positivo, são então encaminhados a uma das 14 instalações da Rede de Atendimento Veterinário distribuídas entre Laguna (SC) e Maricá (RJ).
Após o tratamento, os animais são novamente avaliados para atestar se já estão aptos a serem soltos, o que ocorre após a marcação de cada um dos indivíduos. Isso permite que seja feito um acompanhamento, caso o animal reapareça em outra região. Nos animais mortos é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas tais como pesca, embarcações e óleo.
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