Uma baleia-jubarte que está encalhada há mais de 24h em Jaguaruna, Sul de Santa Catarina, irá passar por eutanásia. A decisão foi tomada por biólogos nesta quinta-feira (6) após esforços frustrados de moradores e profissionais para devolver o animal – que tem 11 metros e entre 10 e 12 toneladas – ao fundo do mar.
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O animal foi visto por um morador na manhã de quarta-feira (5). Um vídeo mostrou uma das inúmeras tentantivas de moradores e profissionais de diferentes órgãos para desencalhar o animal,
A jubarte está encalhada na Praia de Balneário Esplanada. De acordo com o diretor do Instituto do Meio Ambiente de Jaguaruna, Dhiego Corrêa, afirmou que, nesta quinta (6), nenhuma manobra para tentar desencalhar o animal foi feita.
De acordo com a bióloga Karina Groch, do Instituto Australis, o tamanho do animal, que é adulto, e seu estado de saúde pesaram na decisão pela eutanásia.
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— A gente avaliou que não tem condição de fazer o resgate. Foi uma decisão conjunta para aliviar o sofrimento dela, está cada mais debilitada — afirmou Groch.
Segundo ela, a baleia é muito grande e as condições de maré e da onda de arrebentação são desfavoráveis para que o animal desencalhasse.
— A zona de arrebentação é muito extensa. Um barco ficaria muito longe para o resgate — disse.
A eutanásia ainda não tem data e horário marcados, informa Groch.
— As equipes estão avaliando momento ideal para a realização da eutanásia — fala.
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Ela explica que o procedimento faz parte do protocolo de encalhes, cuja coordenação é formada por diversos órgão, incluindo o Instituto Australis, APA da Baleia Franca, Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), entre outros.
Nesses casos, a eutanásia em baleia é feita quando não há condição de resgate e o animal está debilitado. Após o procedimento, os veterinários farão a necropsia no corpo, que será posteriormente enterrado.
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Bióloga explica tentativas
Após o animal ser avistado na praia, na quarta à noite, perto das 19h, as equipes saíram do local sem conseguir fazer o desencalhe.
— Foram utilizados alguns equipamentos com o apoio de equipes que têm capacitação para fazer o desencalhe. Força humana e mais esses equipamentos, infelizmente não tivemos sucesso — disse a presidente do EducaMar, Suelen Santos.
Foi usada uma cinta na baleia, um equipamento tipo corda para reboque. As equipes de resgate tiveram a ajuda também de moradores da região. Mesmo assim, não foi possível desencalhar o animal, que pesa cerca de 10 toneladas, conforme Suelen.
Assista ao vídeo de uma das tentativas de desencalhe
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