Os baleeiros japoneses caçaram 333 baleias no Oceano Antártico ao longo da campanha de caça lançada em dezembro passado – disse nesta quinta-feira à AFP a Agência de Pesca Japonesa.
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Os barcos retornaram na quinta de manhã ao porto de Shimonosek (sudoeste), uma das principais bases de baleeiros que partiram no início de dezembro.
Os baleeiros mataram 333 pequenas baleias-de-minke, informou a agência japonesa.
Os baleeiros zarparam em dezembro de 2015, após um ano de suspensão da caça, aproveitando uma falha na moratória global de 1986 que tolerara a pesquisa letal nos mamíferos.
O Japão invocou motivos científicos para esta campanha de caça, mas sabe-se que a carne de baleia acaba nas mesmas dos japoneses.
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O Japão tinha sido forçado a desistir da temporada de caça 2014-2015 por uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que, a pedido da Austrália, considerou que os objetivos científicos eram invocados para fins comerciais.
Na sequência da decisão da CIJ, o Japão apresentou à Comissão Baleeira Internacional (CBI) um novo programa de captura que prevê a caça de 3.996 baleias na Antártida durante os próximos 12 anos.
Isso corresponde a 333 exemplares por temporada, contra 900 no programa anterior.
Paralelamente à caça, os pescadores realizaram uma pesquisa não-letal, incluindo a amostragem de pele e fixação de sistema GPS em algumas baleias para “estudar as rotas de migração”, explicou à AFP Hiroyuki Morita, um dos responsáveis da agência japonesa de pesca.
O consumo de carne de baleia é uma tradição no Japão, que caça baleias há séculos.
A frota baleeira se desenvolveu muito com o fim da Segunda Guerra Mundial, quando o Japão enfrentou um sério período de fome.
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No entanto, o consumo dessa carne branca – que se assemelha à carne de vaca – diminuiu conforme a economia japonesa foi se consolidando como uma das mais prósperas do mundo.
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