São pouco mais de três meses à frente do governo, mas Udo Döhler (PMDB) já enfrentou mais problemas do que gostaria em seu início de mandato no comando da Prefeitura de Joinville.
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Enquanto o prefeito conseguiu estabilizar a parte política para obter o sonhado consenso em torno da eleição do vereador João Carlos Gonçalves (PMDB) para a presidência da Câmara, Udo teve que, em menos de dez dias de mandato, anunciar o parcelamento do salário do funcionalismo público em duas vezes e admitir uma dívida que ultrapassaria os R$ 120 milhões, valor que teria sido deixado pelo governo anterior.
Em contrapartida às medidas impopulares de seus primeiros dias de governo, Udo fez um esforço para agradar a população ao diminuir o aumento para R$ 0,10 na passagem de ônibus, revogando decreto feito pelo ex-prefeito Carlito Merss (PT).
Sem recursos para dar início aos investimentos que prometeu em campanha, os 100 dias do governo Udo se caracterizaram pela austeridade no controle de gastos, pelo corte no número de cargos comissionados e pela impaciência dos aliados com as nomeações pingadas na administração municipal. E foi assim que os secretários, após serem nomeados, tiveram que lidar com uma equipe mais enxuta, ganhando a tarefa inicial de buscar formas de reduzir as despesas.
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E nessa linha austera, Udo aprovou uma reforma em que acabou com as 14 secretariais regionais e criou oito subprefeituras, cortando 166 cargos de supervisores. Logo depois, desistiu do Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) e obteve a primeira boa notícia de recursos para obras com a garantia do governo federal de $ 99 milhões para obras em mobilidade urbana.
Para acertar o caixa do município, Udo criou um plano de pagamento de fornecedores – que serão parcelados em até quatro anos – e vai começando a ter que lidar também com a insatisfação da base governista, não atendida
em seus pedidos de nomeação.
Mesmo assim, na véspera de completar seus cem dias de governo, o prefeito conseguiu avançar em uma das suas promessas de campanha ao receber R$ 20 milhões do governador Raimundo Colombo, sendo R$ 14 milhões para a instalação dos equipamentos do Complexo Ulysses Guimarães e mais R$ 6 milhões para instalação de cabeamento subterrâneo no Centro da cidade. Mas os investimentos obtidos agora não devem mudar a postura austera adotada nas decisões até o fim do ano..
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