
Quatro pares estavam na Enseada da Ribanceira e em Ibiraquera, dois pares foram encontrados em Itapirubá e outro próximo ao Cabo de Santa Marta, iniciando sua migração para o Sul.
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Todas as baleias adultas avistadas no domingo foram fotoidentificadas e pelo menos
uma já estava catalogada. É uma fêmea, catalogada sob o número B194, com manchas listradas no dorso, já identificada em outras temporadas.
As outras cinco baleias adultas também podem estar catalogadas, mas, segundo Karina, isso só será possível determinar após análise das imagens no programa de fotoidentificação do projeto.
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Outras espécies também foram avistadas durante a temporada deste ano, na região do
Porto de Imbituba e em Itapirubá, onde fica a sede do Projeto Baleia Franca. No último sobrevoo, uma baleia com nadadeira dorsal, uma espécie de baleia rorqual, provavelmente uma baleia de bryde, foi avistada. E não foi a primeira vez. Este ano,
em Itapirubá, uma baleia semelhante a esta rorqual, e também uma baleia jubarte,
foram avistadas.
Os registros de monitoramento por terra, realizados nesta segunda-feira pela equipe do Projeto Baleia Franca, apontam que não há mais nenhuma baleia entre Ribanceira e Ibiraquera, principal enseada de ocorrência da espécie na APA da Baleia Franca. Dois pares de mãe e filhote foram avistados no final da tarde em Laguna, possivelmente os últimos grupos a iniciarem sua migração para o Sul.
O monitoramento diário será mantido até o fim de novembro pela equipe e colaboradores do Projeto Baleia Franca, mantendo o padrão dos outros anos. São avistagens feitas de pontos estratégicos ao longo da costa Sul catarinense.
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O sobrevoo faz parte do Programa de Monitoramento das Baleias Francas no Porto de Imbituba e região, viabilizado pela SC Parcerias e Santos Brasil e co-executado pela Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca e pelo Centro Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo é analisar a dinâmica populacional das baleias-francas na região, por meio do censo e fotoidentificação dos cetáceos avistados, além de analisar padrões de ocupação sazonal entre os meses de julho e novembro.
O Projeto Baleia Franca já catalogou 700 baleias desde 1987. Apesar de estar na lista dos que correm risco de extinção, segundo o Ministério do Meio Ambiente, a população de baleias tem aumentado em média 12% ao ano.