Os principais fatores de risco enumerados por especialistas para a gravidez na adolescência estão ligados principalmente à baixa escolaridade e renda. Para enfermeira obstetra da Gerência de Saúde, Rita de Cássia Teixeira Rangel, os aspectos mais comum são a forte relação entre pobreza, baixa escolaridade e a baixa idade para gravidez, além da redução da idade média para a primeira menstruação e da primeira relação sexual.
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– O IBGE Teen divulgou que os fatores de causa e de consequência da gravidez na adolescência são: desconhecimento dos métodos para evitar a gravidez; o conhecimento do método, mas não utilização; e uso incorreto ou falha no uso de um método contraceptivo – informa.
A psicóloga Cláudia Schiessl concorda que os motivos para o aumento dos casos estão relacionados a fatores econômicos e sociais. A profissional aponta também que as meninas que se encaixam nesse perfil acham normal iniciar a vida assim e geralmente a mãe também engravidou na mesma idade. Ela diz ainda que nessa idade os jovens acreditam que os atos não vão gerar consequências ou, no caso da gravidez na adolescência, que podem fazer sexo sem camisinha e não engravidar.
– A consequência física é que a jovem corre cinco vezes mais riscos de ter problemas na gravidez, porque o corpo está em formação. E emocional é que aos poucos elas percebem que deixaram de estudar, perderam amizades ou estão tendo que trabalhar para manter a criança. A responsabilidade recai mais para a mulher do que para o homem – observa.
Para evitar essa situação, a psicóloga recomenda o diálogo entre as famílias:
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– A informação é importante para a menina saber que tem um futuro. Os pais esquecem que muitas vezes os filhos são mais precoces, tem que perceber que cresceram e falar sobre sexualidade.