O bairro Jardim Iririú tem, oficialmente, duas associações de moradores na ativa. E elas estavam representadas no encontro realizado na terça-feira passada, dia 21, com o “AN”, para falarem sobre as demandas mais urgentes da região.
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Além de David Alexandre Barbosa Lamin, presidente, e Wilson Gonçalves Dantas, vice da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Iririú (Amaji), participaram do bate-papo Luiz Bernardo, presidente da Associação de Moradores Chico Mendes (Portinho), e Jair Carmin, coordenador da Igreja Matriz São João Batista.
Num início de noite encalorado, na sede da Amaji, na rua Canoas, 567, a conversa foi bem proveitosa e agradável. Mais de duas horas com informações variadas e ricas sobre o Jardim Iririú. Foi surpresa, por exemplo, saber que o bairro tem (há 15 anos!) o Clube Atlético Paraíba, que promove todo ano a Copa Nordeste de Futebol de Areia, da qual participam mais de dez times, todos formados por jogadores de cidades do Nordeste. Um trabalho que tem à frente Wilson Dantas, o Paraíba, cujo apelido entrega de onde ele veio.
Antes de falar com o jornal, os quatro se reuniram e definiram os cinco itens que precisam de maior atenção: educação, saúde, trânsito/mobilidade, pavimentação e uma capela mortuária. Mas deixam claro que as necessidades do bairro não se resumem a esses cinco pontos. Destacam que a comunidade precisa – e muito – de áreas de lazer, principalmente no loteamento Dom Gregório, onde não há nada para a diversão de crianças, jovens e adultos.
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O Jardim Iririú também não escapa de um problema recorrente nos demais bairros de Joinville: o avanço das drogas. Luiz Bernardo diz que a academia da melhor idade (AMI) instalada na Associação Chico Mendes, na rua Rocha Pombo, no Portinho, não é mais frequentada pela população por causa dos drogados que tomaram conta do espaço.
As depredações na Escola Estadual Georg Keller são outra constante, com o consumo e a venda de drogas nas proximidades. A esperança das lideranças é de que esse quadro comece a mudar quando a Guarda Municipal entrar em ação, principalmente no entorno das escolas e dos espaços públicos, como as praças.
Jair Carmin afirma que é importante a comunidade se unir, dar as mãos, para ganhar força e conseguir melhorias para o bairro. David, Wilson e Luiz Bernardo destacam que as associações de moradores estão abertas à população, que deveria participar mais das discussões.
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Agenda de reuniões
Na Amaji, as reuniões recomeçam em fevereiro e ocorrem quinzenalmente, nas segundas e nas quartas terças-feiras de cada mês, às 19 horas. A associação está localizada na rua Canoas, 567, e oferece para locação canchas de cimento e de areia, dois salões para festas, parquinho e lanchonete. O acesso das crianças é livre.
Na Associação Chico Mendes, as reuniões são mensais, na segunda quinta-feira de cada mês, às 19 horas. A entidade tem campo de areia, cancha de bocha e uma academia da melhor idade.
As respostas de Udo Döhler e do secretário José Célio Machado às reivindicações do Jardim Iririú, dadas no dia 23/1, lançam otimismo ao futuro da região. A maioria dos pedidos teve respostas positivas.
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O Nordeste dentro do bairro
Wilson Dantas, o Paraíba, rende um capítulo à parte na história do Jardim Iririú. Ele está em Joinville desde o início dos anos 1990. Aqui, começou a vida seguindo os passos de outros da mesma terra: vendendo sapateiras, espelhos, enxovais… Depois, ele mesmo passou a fabricar espelhos e sapateiras e chegou a ter equipes de vendedores. Atualmente, é coordenador da Subprefeitura Leste.
Paraíba sente-se em casa em Joinville, muito porque, segundo ele, há um grande número de nordestinos morando na cidade. Ele calcula pelo menos dez mil. No Jardim Iririú, a representatividade nordestina também é grande, e a participação no campeonato de futebol de areia confirma este fato. O clube tem uma vasta área na rua Damásio Alves Machado, onde oferece, além do campo de futebol de areia, uma pista de caminhada e um parquinho infantil
É nesta área que Paraíba vai promover, no final de setembro ou início de outubro, a 4ª Festa Nordestina, que no ano passado atraiu mais de quatro mil pessoas. Neste ano, contemplado com recursos do Simdec, Paraíba vai ampliar o evento porque poderá caprichar ainda mais na estrutura, na segurança e na programação, que inclui comidas típicas do Nordeste e shows musicais, com destaque para o forró, claro.
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Geralmente, a festa é realizada antes da primeira quinzena de outubro, aproveitando que em 8 de outubro é comemorado o Dia do Nordestino. Mas no ano passado coincidiu com a Festa de Nossa Senhora Aparecida promovida pela Igreja Matriz São João Batista. Não faltou público para os dois eventos, mas neste ano a ideia é fazer os dois eventos em datas diferentes.
Jair Carmin, coordenador da igreja, afirma que o bairro tem muitos devotos de Nossa Senhora e que neste ano ocorrerá a terceira edição da festa. Não será no local do ano passado, porque o galpão ao lado da Igreja Matriz teve de ser retirado. Deve passar para o galpão da Igreja Sagrada Família. Em 2013, mais de duas mil pessoas participaram e foram vendidas 61 costelas assadas em fogo de chão.
* Colaborou Átila Froehlich